quinta-feira, 30 de maio de 2013

Porcos Famosos





O cofre em formato de porco aparece na famosa trilogia do filme Toy Story.




Babe é a estrela do filme Babe, o Porquinho Atrapalhado. É um sucesso e recebeu 6 indicações ao Oscar, e mais recebeu o Oscar de melhores efeitos especiais.




Gaguinho participa das animações com Pernalonga e Patolino, todas as gerações adoravam assistir!

Gaguinho – é um porco e assim como já diz seu nome, ele é gago. Por esse motivo, quase sempre demora para completar uma frase. É grande amigo do Patolino e sempre entra nos esquemas malucos dele. Outra característica sua é a de ser bastante ingênuo, o que faz com que Patolino queira prontamente se aproveitar.




Nos anos 80 e 90, o público infantil se divertia vendo Miss Piggy provocando o sapo Caco no programa Os Muppets. E mais participou dos longas metragens com o elenco do programa.




O livro de George Orwell A Revolução dos Bichos conta sobre os animais da fazenda se revoltam contra os humanos e tentam criar uma sociedade utópica. A revolução é liderada por porcos. Esse livro fantástico sempre aparece na lista dos melhores livros e até tem dois filmes.




Todo mundo conhece essa história clássica: Os Três Porquinhos. A geração se animou com o desenho feito pela Disney.




Porquinho do jogo angry birds






A Menina e o Porquinho (Charlotte’s Web) é o livro mais vendido em todos os tempos para o público infantil, escrito por E. B. White com ilustrações de Garth Williams. Escrito em 1952. 
Foi transformado em desenho animado em 1973 e em filme em 2003.



Porco-Aranha é o porco de estimação de Homer.


sábado, 25 de maio de 2013

terça-feira, 21 de maio de 2013

Curiosidade sobre o porco


Quem é o Porco?


Antes de mais nada, é importante constar uma explicação mais elaborada quanto a quem é o porco. A denominação porco é dada de forma vulgar a diferentes espécies de animais mamíferos bunodontes (mamíferos que possuem dentes molares com cúspides arredondadas e também pouco desenvolvidas), artiodáctilos (animais com número de dedos par nas patas) e não ruminantes.

Um dado para os porcos é que, salvo poucas exceções, grande parte é criada para servir de alimento. Além de ser lucrativo criar porcos para comercializar a sua carne, os criadores também observam a vantagem de que esses animais comem de tudo.

Dessa forma, é lucrativo para os criadores de porcos terem esses animais como principal fonte de renda. Os porcos, em geral, possuem 44 dentes, desses os caninos são curvos e os incisivos são alongados. As patas são curtas e cada uma possui quatro dedos, que são revestidos por cascos.

A cabeça é triangular e o focinho desses animais é cartilaginoso. A origem do porco está ligada ao Javali, mas existe uma grande variedade de espécies de porcos domésticos. A carne do animal é bastante apreciada.


sábado, 18 de maio de 2013

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Domar cavalos

Domar cavalos não é uma tarefa fácil e é recomendado que não se faça sozinho. O peso do animal e sua animosidade natural fazem com que a sua violência possa ser fatal para o homem. Um coice de cavalo no local errado pode matar uma criança e até um homem de 100 quilos. Logo, todo cuidado é pouco.

Se você tem uma pequena ou grande fazenda, começa a fazer a incursão de cavalos em seus campos e tem dúvidas sobre como domá-los, saiba, há dois tipos de doma, a tradicional e racional. O primeiro tipo de doma exige a velha agressividade, força e, muitas vezes, o uso da violência para poder domar o animal. O segundo é uma forma mais racional de dominar o cavalo, usando racionalidade no lugar da violência.



Em suma, tornar-se confiante para o cavalo é fundamental. Segundo especialistas do ramo, o método é mais eficaz do que a doma tradicional. Mas para isso é preciso que o dono use métodos para conquistar a confiança do cavalo e assim fazer com que ele siga suas ordens. Isso quer dizer, violência e agressividade para conseguir alcançar os resultados nunca mais.

Alguns especialistas no assunto garantem que o termo doma já é algo do passado. Hoje, o termo popular entre a classe é a iniciação do animal. A doma remete ao treinamento do animal de modo pronto, terminado, quando na verdade precisa ser a continuidade de um trabalho que leva ao perfeito entendimento por parte do animal acerca dos comandos. Iniciar o cavalo, ou a grosso modo, domá-lo, é fazê-lo entender os comandos por meio de confiança, demonstrando respeito ao animal, fazendo com que ele aceite os comandos de forma sutil. Isso vai muito além da necessidade de ter que mostrar autoridade por meio da força, de ter que se sair vencedor sobre o animal.




Processos antigos de doma eram basicamente o homem tentando sair-se vitorioso sobre a fera, hoje o quadro mudou. As técnicas para tanto são: criar exercícios que deixem claro na cabeça do cavalo a repetição de movimentos, de práticas que o façam ganhar tempo e o cansem ao ponto dele passar a obedecer os comandos. Para tanto, métodos e sistemas de domas ultrapassados devem ser descartados. É preciso aprender a entender o animal e trabalhar os comandos de acordo com essa percepção.



Alguns especialistas no processo de doma chegam ao extremo de acreditar que o sistema eficaz de domar um cavalo é tratá-lo com uma criança que está prestes a ser alfabetizada. O sistema de ensino seria o mesmo, passo a passo, visando transformar o cavalo em um ser sensato, pensante de suas ações, trabalhador e, sobretudo, um parceiro fiel do ser humano. Tratar o animal de forma justa, visando uma parceria, não um escravo.

Os cavalos são animais que exercem certo fascínio em muitas pessoas, isso porque, além de muito bonitos, também proporcionam momentos incríveis de diversão e descontração. Porém, antes de sair cavalgando com o seu amigo, como nos filmes de Hollywood, é importante saber como domar os cavalos.



Antes que você pense que a doma é uma forma de domínio do animal saiba que se trata muito mais de ganhar a confiança dele do que de exercer algum poder sobre ele. Conheça melhor esse processo de doma e saiba como tornar o seu cavalo o seu melhor amigo. O primeiro ponto é que a doma já deve começar a ser feita de forma direcionada ao objetivo que se deseja atingir.

Por exemplo, existem animais que são serão treinados para a carreira esportiva e outros apenas para passeios. Também é necessário que se destaque que o cavalo entende de forma muito melhor os comandos sem violência ou maus tratos. Não adianta vincular a ideia de doma e treino com agressividade.


Domar é Diferente de Violência


Muitos estudos realizados com cavalos selvagens provaram que os animais aprendem muito mais facilmente seguindo sugestões de palavras chave do que sob coação ou maus tratos. Essa técnica é conhecida como Horsemanship e forma cavalos mais dóceis e assim mais seguros para as pessoas.

A partir do momento que se desenvolve essa ideia de palavras chave no treinamento, o cavalo passa a gostar de trabalhar com conjunto com o cavaleiro. Dessa forma, passa a realizar cada vez mais rápido e mais eficientemente o que lhe é pedido. Esses bons resultados são vistos principalmente em cavalos de competição.



Quando eles se sentem parte do processo de vitória passam a obedecer os comandos de maneira mais inteligente. A forma como essa doma é realizada está baseada no entendimento dos instintos dos animais. Os instintos de movimentos podem ser conduzidos através de indicações de palavras chave.

Esse tipo de doma é realizado através do reforço de ideias, ou seja, de repetir sempre ações acompanhadas de palavras. Poderíamos definir como um treinamento como o dos cães que a partir de palavras obedecem a comandos. Apesar de ser um método relativamente mais lento de doma compensa muito, pois se pode ter a certeza de a longo prazo ter conquisto a confiança e amabilidade do animal.

Lembre-se sempre que se você transmite confiança terá um animal confiante, mas se transmitir agressividade terá um animal agressivo.

Domadores Profissionais


Existem domadores profissionais, pessoas cuja profissão é domar cavalos, ou seja, torná-los mais dóceis e obedientes. Dessa forma, se você não é especialista no assunto e tem um animal que deseja domar, pode contratar um desses profissionais para te ajudar a realizar esse trabalho. A doma é um processo de aproximação do cavalo e do cavaleiro e não um processo de agressividade.







sexta-feira, 10 de maio de 2013

Perguntas sobre APICULTURA - Coleta de produtos

Como a abelha coleta pólen?
Ela usa a língua e as mandíbulas para tirar algum pólen das anteras e umedecê-lo. Muitos grãos também ficam presos ao seu pêlo na operação. Depois, ela "escova" esses grãos, geralmente durante o vôo, mistura-os ao pólen umedecido e compacta tudo na corbícula, uma reentrância existente no seu par de pernas posterior. A medida que mais pólen vai sendo coletado, a carga nas corbículas aumenta, e alguns pêlos são envolvidos pelas bolotas, para que elas permaneçam firmes no lugar.

Como a abelha coleta própolis?
Com ajuda das mandíbulas e do primeiro par de patas, ela remove o material resinoso da planta. Depois, armazena-o na corbícula, de forma semelhante ao que faz com o pólen. Antes de usar a própolis, a abelha ainda mistura-a com cera, numa proporção que pode chegar a 30%, para tornar a sua consistência mais trabalhável.

Como a abelha coleta água?
Ela suga a água e armazena-a tal como faz com o néctar, na vesícula melífera.

O que estimula as abelhas para a colheita?
Basicamente, a necessidade das abelhas, a disponibilidade de espaço na colméia e a abundância local dos recursos. Num clima quente, por exemplo, a necessidade de refrigerar a colméia comanda a busca de água. Em floradas grandes, a necessidade por pólen e néctar e o espaço de armazenamento disponível orientam a sua colheita.
Em vários estudos, observou-se que a alocação de campeiras para colheita de um recurso específico estava relacionada à pronta aceitação deste recurso pelas abelhas domésticas na hora da chegada da campeira. Por exemplo, se uma campeira que coletou água é imediatamente aliviada da sua carga na chegada à colméia, ela provavelmente voltará para buscar mais água. Se, por outro lado, ela demora muito a conseguir livrar-se da sua carga, ela provavelmente dirigirá seus esforços a outro produto na próxima viagem.

Onde as abelhas guardam esses produtos?
O pólen é armazenado nos alvéolos próximos à área de cria, que é o seu principal consumidor. O néctar é armazenado nos alvéolos que estão acima e ao lado da área de cria e pólen. A própolis é usada diretamente no objetivo: tapar frestas e envolver corpos estranhos que não puderam ser removidos. A água não é armazenada nos favos, mas distribuída entre diversas abelhas jovens, que a manterão nas suas vesículas melíferas até que ela seja necessária.

Como as abelhas produzem cera?
Operárias, normalmente entre 8 e 17 dias de idade, secretam cera na forma de flocos, através de glândulas cerígenas, localizadas na parte frontal do abdômen. Para produzir cera, as abelhas precisam ingerir muito mel.

Quanto mel deve ser ingerido para a produção de 1 kg de cera?
Em média, as abelhas ingerem 8 kg de mel para produzir 1 kg de cera.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Piscicultura

A piscicultura é um dos ramos da aquicultura*, cujo objetivo é a criação de peixes.



Além de ser uma excelente fonte de renda para os criadores, é uma alternativa para a pesca comercial pois não causa grandes impactos ambientais. Em ambientes controlados como em lagos de psicultura, não há impacto algum sobre o meio ambiente. 

O sucesso da piscicultura depende em grande parte da escolha do local a ser desenvolvido o projeto, por isso, diversos fatores de infra-estrutura local devem ser considerados e analisados antes de sua implantação.  

A qualidade da agua é um dos fatores mais significativos para a escolha do local, visto que devem ser colhidas amostras para análises físicas, Biológicas e Químicas.

*Aquicultura ou aquacultura é a produção de organismos aquáticos, como a criação de peixes, moluscos, crustáceos e o cultivo de plantas aquáticas para uso do homem.

Tipos de Piscicultura


Extensiva

A piscicultura extensiva é praticada em reservatórios de grandes dimensões, naturais ou artificiais. Neste sistema, o número de peixes por unidade de área é baixa, a alimentação fica restrita ao alimento naturalmente existente e não há controle sobre a reprodução.

Intensiva

A piscicultura intensiva, seu principal objetivo é a produção máxima por unidade de área. É desenvolvida em tanques ou viveiros especificamente construídos para tal finalidade.

Semi-intensiva

A piscicultura semi-intensiva caracteriza-se pela adoção de técnicas simples de manejo, como maior cuidado quanto à alimentação dos peixes, obtida, principalmente, pelo aumento da produção natural através da fertilização das águas, e pela aplicação da despesca, que retira do meio apenas os exemplares com peso adequado para o consumo. A alimentação natural pode ainda ser reforçada pelo uso de subprodutos ou alimentos facilmente encontrados.



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Tapiti - coelho brasileiro


Lebre européia ameaça acabar com o Tapiti, uma espécie brasileira de coelho


Valdemar Sibinelli Revista Terra da Gente - Campinas, SP March 2010

Quando se fala em coelho, do que o leitor se lembra? Daquele que distribui ovos de chocolate para as crianças na Páscoa? Daquele que o mágico tira da cartola? Da lista de famosos do cinema e dos gibis, como o Sansão (da Mônica), o Pernalonga, o Osvaldo (de Walt Disney), o Roger Rabbit? Certamente a gente esquece - ou nem sabe que existe - do tapiti, o único brasileiro entre dezenas de espécies de coelhos e lebres (família Leporidae).

O tapiti é nosso até no nome científico, Sylvilagus brasiliensis, dado por Carolus Linnaeus, o pai da taxonomia moderna, com base num desenho de um exemplar do Nordeste que ilustra uma obra de 1648 sobre a natureza no Brasil. O nome do gênero vem do latim sylva, selva, floresta, e do gregolagos, lebre, coelho. Embora ocorra em outros países do continente, da Argentina ao México, o S. brasiliensis é a única espécie reconhecida como nativa do território brasileiro.

"Historicamente já foram reconhecidas outras espécies, mas todas são atualmente consideradas indistinguíveis de S. brasiliensis", informa o zoólogo João Alves de Oliveira, do Departamento de Vertebrados do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O tapiti - também chamado tapeti, coelho-brasileiro, coelho-do-mato e candimba - é pouco conhecido porque é pouco estudado, e é pouco estudado por motivos que dividem os pesquisadores. O zoólogo Edson Gonçalves de Oliveira, da Zootecnia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), acha que "neste mato tem coelho". Segundo ele, "em verdade esta espécie deveria ser estudada pelas universidades, mas de maneira geral estas só se interessam por animais já domesticados e que atendem ao agronegócio".

O biólogo José Roberto Miranda, da Embrapa Monitoramento por Satélite, não acredita que tem "dente de coelho" nessa história. O pesquisador vê razões para os poucos estudos nos próprio comportamento da espécie: o tapiti tem hábitos noturnos, se esconde em tocas profundas em bosques e matinhas, é pequeno, discreto e solitário. "Ele é ao mesmo tempo comum e raro. Comum porque está por todo o Brasil, mas raro de ser visto por ser uma espécie sem densidade populacional, o que também dificulta as pesquisas", explica.

A única certeza é que o nosso coelho nada tem a ver com os coelhos europeus e as lebres, a origem dos animais hoje domesticados e das diversas raças para a criação comercial (cunicultura). O tapiti tem como 'primos' outras 15 espécies do gênero Sylvilagus, de ocorrência apenas no Novo Mundo, nas três Américas. Eles têm em comum ou tamanho reduzido - a maior espécie é S. aquaticus, cujo peso máximo é 2,6 quilos - e a cauda pequena, em formato de pompom, a razão de serem todos conhecidos também como coelhos-de-cauda-de-algodão (cottontail rabbits, em inglês). Outra característica entre os 'parentes' é o comprimento das orelhas, bem curtas, sobretudo se comparadas às das lebres e de algumas raças comerciais.

Além de curtas, as orelhas do coelho-brasileiro são finas. E a pelagem é escura no dorso e clara na barriga, daí o nome indígena tapiti: ta = pelo; piou pia = barriga e ti = branco.

Não se tem comprovação se o tapiti dorme mesmo de olhos abertos, como reza a cultura popular. Mas se o faz, tem motivos: é presa apetitosa para carnívoros como onças, lobos e cachorros, além de gaviões e águias. Não bastassem tantos predadores, o nosso pequeno e bravo tapiti ainda enfrenta grandes e fortes concorrentes da mesma família dos leporídeos, trazidos para o continente americano e estabelecidos em diversas regiões como espécies exóticas invasoras.

A primeira leva, por enquanto, é uma ameaça distante: o coelho-europeu (Oryctolagus cuniculus) foi introduzido no Chile, mas a barreira intransponível da Cordilheira dos Andes ainda salva o coelho-brasileiro. O mesmo não se pode dizer da lebre-europeia (Lepus europaeus), trazida da Europa para a Argentina em 1896, para fazendas de caça, e para o Chile em 1986, para ser criada em cativeiro e abastecer restaurantes. O bicho escapou para a natureza por falta de controle adequado, foi liberada por criadores arrependidos do negócio ou propositalmente solta para facilitar a caça esportiva. Não teve dificuldades em se instalar em ambientes naturais ou junto a lavouras e vem se espalhando desde então, como uma verdadeira praga agrícola.

No Brasil, a lebre-europeia - ou lebrona, lebre-comum e lebre-marrom, como também é chamada - entrou pelas fronteiras do Sul, já foi vista em todos os estados das regiões Sul e Sudeste e deve estar alcançando o Centro-Oeste por Goiás, embora não exista um mapa atualizado da 'invasão'. O tapiti não tem chance nesta disputa: é pequeno, tem no máximo 1,5 kg, permite aproximação e tem pouco fôlego para a corrida. A lebrona é grande, chega a 7 kg, tem as patas traseiras grandes e fortes, com impulsão para saltar a dois metros de altura e a cinco de distância, sempre em ziguezague e a uma velocidade de até 65 km por hora. "É uma máquina feita para correr e saltar", compara José Roberto Miranda. "Não há animal, nem cachorro de caça, que alcance uma lebre".

Além disso, a lebre-europeia tem a visão, a audição e o olfato bem desenvolvidos e é desconfiada, não permite aproximação. Há registros de brigas de machos na primavera, com acirradas brigas de socos, à semelhança do 'boxear' dos cangurus.

A espécie pode se refugiar em tocas de tatus ou de outros mamíferos, e também invade a 'casa' do tapiti, expulsando-o com família e tudo. O coelho-brasileiro, diferente das raças de coelhos comerciais, costuma se reproduzir apenas uma vez por ano. A fêmea cava a toca, forra com o próprio pelo e, em geral, tem só 2 filhotes, que nascem de olhos abertos e se tornam independentes em 3 semanas. Já a lebrona tem 2 ninhadas por ano nos países temperados e pode ter mais na zona tropical, dada a ausência de neve. A fêmea faz uma pequena depressão superficial no solo ou amassa capim para acomodar os filhotes, que costumam ser 4 ou 5. Eles também nascem de olhos abertos e com pelos longos, podendo suportar a exposição à chuva ou ao frio.

Em suas pesquisas de campo, Miranda ouviu vários relatos sobre esta competição entre as duas espécies pelo abrigo, inclusive com a morte do coelho-brasileiro. No município catarinense de Três Barras, os moradores consideram que a invasora extinguiu localmente o tapiti, mesmo não havendo problemas de espaço e de oferta de comida para todos. O mesmo aconteceu em algumas localidades argentinas.

As pessoas também têm razões para se preocupar com o avanço da lebrona. Ela prefere áreas abertas, desmatadas, invade as plantações e come de tudo, até o feno do gado e as mudas jovens de pinus, em áreas de reflorestamento. A espécie se deu bem no clima brasileiro, a par de contar com topografia favorável mais comida à vontade - e fácil - o ano inteiro, sem as agruras do inverno europeu. Miranda "levanta a lebre": acha que logo ela vai invadir também a Amazônia. "A expansão da fronteira agrícola e da pecuária garante casa e comida para a lebre-europeia. Ela só não vai entrar onde a floresta amazônica ainda está preservada", arrisca. E propõe uma alternativa de manejo: "Uma solução pode ser a permissão de caça ao animal exótico e invasor, como é feito em diversos países europeus onde ela não é nativa e também se tornou invasora".

Controlar a lebrona seria a salvação da lavoura e do coelho-brasileiro, ou seja, como "matar dois coelhos com uma cajadada só".

Fonte do texto: plantadiretobrasil

Foto de J.B. Higgott 2005. Tapiti - Sylvilagus brasiliensis

Foto tirada por Renata Pitombo em Dakota do Norte - USA 2012 - Sylvilagus floridanus