domingo, 29 de março de 2015

domingo, 22 de março de 2015

O cavalo árabe




A criação de cavalos, nos dias de hoje, não possui a mesma finalidade dos tempos pré-automobilísticos. Hoje, a criação de cavalos tem um apelo sentimental, uma força que transcende apenas sua utilização em corridas, em passeios ou para locomoção em áreas rurais. É algo que está dentro da alma humana, conviver e se integrar com esse maravilhoso animal, considerado um dos mais imponentes sobre a face da terra.

O Cavalo Árabe, também conhecido como um animal guerreiro, desperta grandes paixões em seus criadores e em todos que possam ter o privilégio de montá-lo ou mesmo de ter um contato direto. É um animal imponente, de porte nobre e que une os mais diferentes criadores e admiradores, por todo o mundo. Apesar de ser um cavalo de guerra, sua maior proeza foi a de continuar puro por tantas gerações, trazendo do passado o espírito de seus ancestrais e dos homens que fizeram história, montando e criando esses belos animais.

Nos dias de hoje, a criação do Cavalo Árabe e considerada uma verdadeira indústria, que movimenta bilhões de dólares em todo mundo. Sua criação não conhece fronteiras, classe social, idiomas ou política e faz dessa atividade, muitas vezes, a única coisa em comum entre inimigos mortais.

Com o passar dos séculos, e principalmente nos dias de hoje, a criação do Cavalo Árabe se tornou um símbolo de status e poder dos criadores, que fazem com que seus cavalos fiquem sob a luz dos holofotes em multimilionários leilões, que acontecem centenas de vezes por ano, no mundo inteiro. A paixão que esses cavalos despertam em seus criadores é inigualável, fazendo com que sua criação tenha se tornado uma atividade altamente profissional e técnica, onde são empregadas as mais modernas tecnologias da área veterinária e da genética, visando um constante aperfeiçoamento dos animais, sem que isso descaracterize a raça.

O Cavalo Árabe tem sido criado, principalmente, na Europa, nos Estados Unidos, no Oriente Médio e Norte da África e na América do Sul. O Brasil possui um grande número de criadores, tornando o país, um dos mais importantes no panorama mundial da raça. Grandes empresários e grupos econômicos de peso fazem parte deste lucrativo e imponente negócio que pode render milhões de dólares em apenas um leilão.

FONTE: Enviado por Ruralban

quinta-feira, 5 de março de 2015

O tipo bovino é importante na produção

O termo ou palavra "tipo", embora possa ter outros significados em criações e zootecnia, a tomaremos agora sob um aspecto mais prático e econômico, ou seja, em torno da qual se reúnem os indivíduos, de acordo com as suas aptidões ou produção.



Os bovinos podem assim ser classificados em 4 grupos ou tipos, que são os seguintes:

1º - tipo para carne ou corte;

2º - tipo leiteiro;

3º - tipo misto ou para a produção de carne e leite;

4º - tipo comum. 

Os três primeiros são tipos aperfeiçoados ou especializados, sendo todos eles precoces. Quanto ao 4º ou comum, é um tipo sem características definidas para qualquer uma das produções e, além disso, é tardio. 

Portanto, um criador, ao pretender explorar bovinos, deve, antes de tudo, ter em mente o que pretende produzir: carne, leite ou ambos os produtos, para então escolher o tipo adequado à produção desejada. 

É preciso levar em conta não só o tipo de gado para determinada produção, mas também outros fatores. Entre eles podem ser citados: as possibilidades e exigências do mercado, o clima, as condições de alimentação, o sistema de criação, as instalações existentes e também, a prática e a competência do criador. 

É preciso que todos esses fatores sejam levados em consideração porque, quanto mais aperfeiçoada e especializada a raça ou tipo, mais exigente será em relação ao clima, à alimentação, etc. Por esse motivo requer, não só maiores cuidados, mas também maiores conhecimentos e prática do criador. 

Ao escolher a raça ou tipo de bovino para criar, é aconselhável que o principiante aproveite a experiência dos seus vizinhos ou a orientação de um técnico, pois isso já lhe dá uma grande vantagem para obter o sucesso. 

Gado de corte

Os animais para a produção de carne apresentam uma boa conformação, têm o corpo cilíndrico, são precoces e de um bom desenvolvimento, tendo ainda um esqueleto fino e resistente.São exigentes quanto à alimentação, mas aproveitam bem as forragens que lhes são fornecidas. 

Como a especialização e aperfeiçoamento diminuem a rusticidade, os animais das raças aperfeiçoadas são mais "fracos" e portanto menos resistentes às doenças e aos parasitas, tanto internos quanto externos. Entre as raças de corte, podemos citar a Hareford, Durhan e a Charoleza. 

Gado leiteiro

Quanto aos animais do tipo leiteiro, possuem formas angulosas, peito mais estreito e cornelha aguda, pescoço fino, costelas bem arqueadas, são pouco "barrigudos" e possuem o "trem traseiro" mais desenvolvido do que o dianteiro. Possuem, ainda, o que se chama de corpo "em forma de cunha", o que pode ser observado principalmente nas vacas quando estão dando leite. 

O gado leiteiro é ainda mais exigente quanto à alimentação e o manejo do que o gado de corte. Além disso, é também menos resistente às doenças do que eles. Como raças leiteiras, podem ser citadas, entre outras, as holandesas, jersey, guernsey, flamenga, etc. 

Gado misto

Já o tipo misto, tanto produz carne de qualidade e em quantidades satisfatórias, como também leite em abundância, embora nenhum desses produtos seja produzido, por elas, nas mesmas quantidades das raças especializadas, ou seja dos tipos para carne ou para a produção leiteira. 

Quando no gado misto aparece alguma vaca de grande produção leiteira, isso concorre para que ela seja má produtora de carne, pois uma produção vem sempre em prejuízo da outra. Como principais raças mistas, existem as raças Schwitz, simental e normanda. 

Gado comum
 
Quanto ao gado ou tipo comum, sua principal característica é a sua grande rusticidade e notável adaptação ao meio ambiente, além de maior resistência às doenças e parasitas. Devido a essa característica, dão bons animais de serviço. 

Os bovinos desse tipo apresentam, porém, como inconveniente a sua conformação defeituosa e a falta de precocidade, bem como a baixa produção de leite ou rendimento de carne. Além disso, tratando-se de animais muito tardios, iniciam sua produção com muito mais idade do que as raças aperfeiçoadas. 

Basta citar que, nas raças aperfeiçoadas e especializadas para a produção de carne, os novilhos, de um ano e meio em diante, já podem ir para o corte, enquanto que nas raças comuns, somente com 4 a 5 anos estarão em condições de abate. 

O mesmo acontece com as raças aperfeiçoadas especializadas para a produção de leite, pois já antes dos dois anos as novilhas podem ser enxertadas e portanto, antes dos três anos já estão produzindo leite, enquanto que as das raças comuns só entram em lactação depois dos 4 anos. 

Esse tipo de gado pertence às raças nacionais e também é conhecido como "pé duro". Portanto, o criador deve criar raças aperfeiçoadas, puros, quando possível ou então mestiços dessas mesmas raças. 

Se o seu gado for comum, o melhor é introduzir um bom touro de raça aperfeiçoada, pois é essa a maneira mais simples e barata para melhorar a qualidade do rebanho e aumentar a produção.

FONTE: Enviada por Ruralban