segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Senepol: Pesquisa aponta melhoradores



Levantamento de informações sobre a raça reúne dados sobre performance e seleciona melhores animais do rebanho



Um levantamento de informações sobre a raça senepol pretende estimular a procura pelos animais de pele vermelha. Para isso, criadores investiram em uma prova de ganho de peso. 

Três técnicos de setores diferentes, uma pesquisadora da Universidade Federal de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e 158 animais para serem avaliados. A tarefa de toda a equipe era levantar o máximo de informações sobre a raça senepol, que passaram por uma prova de ganho de peso de alta performance, nos últimos seis meses. O trabalho serviu como ferramenta de seleção do rebanho e foi realizado na Fazenda Tufubarina, no município de Monte Alegre de Minas (MG).

– Todo mundo produz fundo, meio e cabeceira. Mas como se identifica esse fundo, meio e cabeceira? É só através de avaliação. E não existe mais apenas a avaliação visual. Só ela não vale mais – explica o pecuarista Gustavo Rezende Vieira.

Os animais, machos e fêmeas, são contemporâneos em 90 dias e foram fechados no confinamento logo após a desmama. Durante a prova, receberam alimentação à base de concentrado proteico para crescimento, e silagem de milho.

Além do ganho de peso e do desenvolvimento de carcaça, várias outras características foram avaliadas durante os 168 dias da prova. Entre elas, as marcas reprodutivas e de padrão racial. Com todos os dados em mãos será possível separar os animais com potencial para ser melhoradores dentro da raça, tanto para a produção de animais puros, quanto para os cruzamentos.

Os lotes foram divididos em quatro grupos: inferior, regular, superior e elite. A classificação foi feita com base nos dados levantados durante as pesagens, medições e exames com ultrassonografia, além das notas da avaliação visual. Pontuação que nem sempre coincidia, se para um dos técnicos os aprumos de determinado animal mereciam nota 4, para o outro poderia não ser bem assim. Uma divergência saudável, que contribuiu para a eleição de animais diferenciados.

– É uma raça que se destaca em produtividade, se destaca em precocidade sexual, se destaca em rendimento através da avaliação por meio da área de olho de lombo, e é importante dentro desse conjunto de animais da raça senepol, a gente identificar aqueles que realmente são avaliados geneticamente superiores – diz a diretora de Produção Animal da AFU, Carina Ubirajara de Faria.

De acordo com o pecuarista Gustavo Rezende, apenas os animais dos lotes superiores e elite serão destinados à reprodução, para garantir a continuidade do melhoramento. O senepol tem apenas 14 anos de Brasil, mas, segundo esse representante de central de inseminação artificial, os animais da raça estão em evidência como uma das boas opções para a pecuária de corte no país.

– É um animal resistente a ectoparasitas, resistente ao calor. Ele aguenta um desafio um pouco maior de alimento em sistema de pastagem, e devido a isso é que o pessoal tem buscado essa raça – afirma Miguel Abdalla, gerente de corte taurino.

Em uma central, que fica em Uberaba (MG), oito touros senepol estão em coleta. De acordo com dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), só no primeiro semestre de 2014 foram vendidas mais de 42 mil doses de sêmen de reprodutores da raça. Sinônimo de reconhecimento para quem se dedica à seleção desses animais.

– Já conseguimos nesses 14 anos de Brasil, identificar quais são os animais melhoradores para o objetivo daquele criador. Dependendo de qual o sistema de produção dele, já têm animais para atendê-lo bem, nos mais diversos sistemas de produção – garante Rezende.

FONTE: http://www.canalrural.com.br/noticias/jornal-da-pecuaria/senepol-pesquisa-aponta-melhoradores-52119

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Lei prioriza libertação de animais apreendidos

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira (8) a Lei 13.052/2014, que altera a Lei de Crimes Ambientaispara determinar que animais silvestres apreendidos sejam prioritariamente libertados em seu habitat. Se isso não for possível, devem ser entregues a zoológicos, fundações ou entidades semelhantes, onde recebam cuidados de técnicos habilitados.
De autoria do deputado Antonio Carlos Mendes Thames (PSDB-SP), o projeto que deu origem à lei (PLC 147/2009) sofreu alteração no Senado, por sugestão de Jorge Viana (PT-AC), para dispor também que, até a entrega dos animais à entidade capacitada, o órgão autuante mantenha os animais em condições adequadas para garantir seu bem-estar físico.
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Altera o art. 25 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências, para determinar que animais apreendidos sejam libertados prioritariamente em seu habitat e estabelecer condições necessárias ao bem-estar desses animais.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o  Esta Lei determina que os animais apreendidos em decorrência de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sejam libertados prioritariamente em seu habitat e estabelece condições necessárias ao bem-estar desses animais.
Art. 2o  O § 1o do art. 25 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 25.  .....................................................................
§ 1o  Os animais serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados.
...................................................................................” (NR)
Art. 3o  O art. 25 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2o, renumerando-se os demais:
“Art. 25.  ......................................................................
.............................................................................................
§ 2o  Até que os animais sejam entregues às instituições mencionadas no § 1o deste artigo, o órgão autuante zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que garantam o seu bem-estar físico.
...................................................................................” (NR) 
Art. 4o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 8 de dezembro de 2014; 193o da Independência e 126o da República.
DILMA ROUSSEFF
Izabella Mônica Vieira Teixeir
Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.12.2014
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FONTE: http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/12/09/lei-prioriza-libertacao-de-animais-apreendidos


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Saiba como criar chinchilas

Criação pode ser um incremento de renda para o produtor acostumado a lidar com animais

As chinchilas são animais rentáveis e com poucos problemas com doenças. São animais dóceis e rústicos. E pode bom negócio para o produtor que deseja incrementar a renda. 



Para quem deseja começar a criação, o custo pode ser baixo. O criador Rafael Gutierrez Oliveira explica mais sobre a criação de chinchilas.

– É importante salientar que é um investimento baixo, mas, depois do quinto, sexto ano, ele começa a ter uma lucratividade muito boa com essa criação – reforça.

Você pode estar se perguntando qual é o valor baixo de investimento. São cerca de R$ 4 mil, para o pequeno produtor que deseja começar devagar com a criação, seis fêmeas e um macho.

– R$ 4 mil é o mínimo para iniciar. Entre R$ 20 e R$ 30 mil você já começa em um tamanho médio de criação, o seu retorno começa a ser um pouco menor. Acima de R$ 40 e R$ 50 mil você começa bem grande e o retorno chega depois alguns anos também – comenta Oliveira.

Isso quer dizer que, para o criador que fizer um investimento menor, o retorno pode ser em longo prazo, de seis até sete anos. Já para o produtor médio, período de quatro a cinco anos. E um grande produtor pode obter lucro já no segundo ou terceiro.

– Cada animal custa entre US$ 20,00 a US$ 25,00 e você consegue vender a mercadoria por US$ 45,00. Mais ou menos está aí a lucratividade. É uma lucratividade boa, mas que precisa de volume, e para chegar nesse volume requer de alguns anos para chegar nesse volume. (O principal mercado consumidor) É mercado externo, é aonde 99% da produção de chinchila vai. Hoje está mais para Ásia e Europa, também – explica Rafael Gutierrez Oliveira.

É importante ficar atento ao ambiente de criação e à alimentação dos animais.

– Ambiente sempre climatizado, fechado e chega ao ponto de 28°C, a gente precisa ligar o ar condicionado. Para animal que não gosta de calor, quanto mais baixa a temperatura, melhor ele se sente. Melhora a reprodução dele, melhora o manejo reprodutivo dele, fica bem melhor. A alimentação dela é específica para chinchila. Hoje temos empresas comercias que fazem exatamente a ração que eles necessitam. Isso é muito tranquilo para nós criadores de chinchila. Além da ração, a gente suplementa com alfafa, que é uma fibra importante para eles – explica Oliveira.

O criador começou o negócio com o irmão há 25 anos. Até hoje eles mantêm a cabanha que fica em Viamão, região metropolitana de Porto Alegre. Eles são especializados em venda de matrizes reprodutoras e criam cerca de dois mil animais.

– O perfil do produtor de chinchila para nós está bem claro. É quem tem uma propriedade, que lida com animais, tem uma criação de suínos ou de aves, alguma outra coisa relacionada até a agricultura e a chinchila entra, às vezes, como terceira, quarta renda e, dependendo do tempo, ela vai subindo de patamar na rentabilidade desse produtor rural. É importante conhecer o mercado e ver alguns produtores que tenham sucesso – afirma.

Lembrando que a chinchila tem algumas mutações. Tem animais de outras colorações também, que são atrativos para aquelas que desejam ter como animal de estimação.

– Hoje em dia têm animais brancos, beges e de outras colorações. Como animal de estimação, tem valor por causa da raridade – completa o criador Rafael Gutierrez Oliveira.

FONTE: http://www.canalrural.com.br/noticias/jornal-da-pecuaria/saiba-como-criar-chinchilas-52099