sábado, 29 de janeiro de 2011

Bicho da seda



É na região noroeste do Paraná que se concentra o maior número de produtores do bicho da seda. São mais de 400. O pessoal recebe as lagartas ainda bem pequenas e entrega os casulos prontos. Quase tudo é vendido para o exterior.
É na indústria que os casulos produzidos pelo bicho da seda são transformados em fios com a ajuda de máquinas bem modernas. Todo esse trabalho começa mesmo é no campo, em barracões simples no noroeste do Paraná.
Uma vez por mês os produtores recebem as lagartas, ainda bem pequenas. São 40 mil em cada caixa e é só o começo do serviço no sítio de seu Marcos Perin. Serão 24 dias até a entrega dos casulos. “Essa fase é a mais importante para o bicho da seda, você tem que fazer ele se desenvolver bem. É como a fase criança dele, tem que cuidar direitinho e fazer de tudo para que ele se desenvolva bem”, contou o criador.
O segredo para o bom desenvolvimento do bicho da seda está no pé de amora, que é o único alimento da lagarta. Foi através de muitas pesquisas que universidades e também indústrias conseguiram desenvolver variedades, por exemplo, mais resistentes ao calor que faz no noroeste do Paraná. Hoje já é possível ter amoreira quase o ano todo.
Quanto maior a oferta de folhas, melhor e maior será o casulo produzido pela lagarta. Para alimentar os bichos, a família toda ajuda, é serviço que não para nem durante à noite.
Depois de 20 dias as lagartas sobem para as cartelas e numas espécies de quadradinhos, elas vão tecendo o casulo. Trabalho rápido, em apenas 48 horas o casulo está formado e pronto para ser vendido.
“Hoje em média, o preço do casulo gira, depende muito da produção de cada produtor. A média hoje está em torno de R$ 8,50 o quilo, mas temos produtores que pegam acima e produtores que pegam abaixo. A média dá em torno de R$ 8,50 o quilo”, explicou Francisco Pereira Bezerra, supervisor da indústria.
O Paraná produz quatro milhões de casulos por ano, o que representa 89% da safra brasileira.

Globo Rural

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