sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

39º Congresso da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil 2015



INSCREVA-SE JÁ para garantir a sua vaga, falta menos de um mês.
Foz do Iguaçu, 12-15 de Março, 2015.
Uma chance IMPERDÍVEL de participar em palestras e minicursos de especialistas do mundo todo.
50 Palestrantes do Brasil, EUA, Dinamarca, Reino Unido, México, Colômbia e Argentina.
Palestrantes:
Diretor Executivo, Associação Mundial de Zoológicos e Aquários (WAZA)
Presidente, Associação Latinoamericana de Zoológicos e Aquários (ALPZA)
Vice-Presidente, Associação de Zoológicos e Aquários do México (AZCARM)
Diretora, Amphibian Ark
Grupo Especialista em Reprodução Para Conservação, (CBSG) Europa
Grupo Especialista em Reprodução Para Conservação, (CBSG) EUA
Grupo Especialista em Reprodução Para Conservação, (CBSG), América Latina
Wild Welfare
International Elephant Foundation
SAVE Brasil
CBEE
Eto Consultoria Comportamental e Bem-Estar Animal
ISIS
IPÊ
Associação Mata Ciliar
USP
Uniderp
Zoo Cali
Zoo Minnesota
Zoo Temaiken
Zoo Cincinnati
Zoo de Sorocaba
Zoo de São Paulo
Zoo de João Pessoa
Aquário de Campo Grande
Parque das Aves
Itaipu Binacional/Refúgio Biológico
Projeto Tatu-Canastra
Projeto Papagaio-verdadeiro
Projeto Papagaio-de-cara-roxa
Projeto Papagaio-de-peito-roxo
Projeto Charão
Projeto Papagaio verdadeiro
Projeto Lobo-Guará
Projeto Carnívoros do Iguaçu
... e muito mais.
Vamos juntos?
Confira a programação e inscreve-se:
www.congressoszb.com.br

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Conheça os sinais da comunicação dos cavalos




Os cavalos mostram três linguagens corporais distintas: o movimento de repressão, o empurrão e a apresentação da traseira. No movimento de repressão, utilizado por animais corajosos e dominadores, o cavalo coloca o corpo na frente do outro animal, impedindo-o de avançar. O empurrão com o ombro é a forma mais violenta de dominação e a apresentação da traseira ocorre quando o cavalo demonstra que vai escoicear. Um corpo flexível, cheio de movimentos, que simplesmente explora todas as suas possibilidades, demonstra muita alegria. Isso ocorre quando os animais estão encocheirados ou soltos. 

O cavalo se comunica usando oito sons principais. O mais conhecido é o relincho, que é um som longo, alto e agudo, usado para chamar a atenção sobre algo ou de alguém. O resfôlego é um som que se origina através da saída bruta de ar pelas narinas, que trepidam. É uma forma de limpar as vias respiratórias, aumentando a oxigenação. É o som que traz consigo curiosidade e medo ao mesmo tempo, quando vê algo novo. Muitas vezes é usado para alertar os outros animais da novidade. O guincho é um som emitido com a boca fechada, sendo baixo e freqüente em encontros não muito "românticos" entre éguas e garanhões. É dado em sinal de defesa, do tipo "cai fora".

O ronco, um som grave, curto e descontínuo, pode ser de cumprimento, namoro ou maternal. Quase sempre está ligado ao reconhecimento, a um sinal leve de excitação, ou porque viu um cavalo amigo, uma pessoa querida, um alimento, uma égua ou o filho (potro). O ronco de namoro é o mais excitante, pois é acompanhado do bater dos cascos e o movimento da cabeça, pescoço e cauda. Muitos cavalos reagem dessa forma na aproximação de seus donos. O urgido é um som agudo, comum entre os cavalos selvagens e ocorre em estados emocionais intensos. Semelhante ao resfôlego, mas sem trepidação, o sopro é um som mais suave e com uma mensagem menos tensa, significando apenas um "Hum! O que é isso?!". E ainda temos o suspiro, com a saída longa de ar pelas narinas, onde o animal demonstra um certo tédio, mal estar digestivo ou até mesmo angústia. 

Um dos sinais de comunicação mais utilizados e mais fácil de ser observado é o transmitido pelas orelhas. Elas mostram sempre aonde está direcionada a atenção do cavalo. Conforme a posição das orelhas, o cavalo mostra o seu ânimo e a sua atenção. Por exemplo: inclinação aguda para frente indica tensão, curiosidade ou boa intenção; caídas para o lado significam aborrecimento ou cansaço; abaixadas e voltadas para trás indicam animosidade ou agressão.

Os cavalos também usam combinações dessas posições, além de posições intermediárias que, por enquanto, só eles mesmo entendem o significado. Entretanto, sabemos que orelhas em pé e voltadas para trás denotam a presença de um dominador, que geralmente é o treinador ou o cavaleiro e indicam submissão, obediência, um indício de que a voz de comando foi utilizada para o adestramento como uma "ajuda". 

A cabeça mostra, através de movimentos pendulares, que existe alguma insatisfação, uma vontade de sair da situação em que está. Quando montados, demonstra desagrado com a embocadura ou com o exercício imposto. Mas, muitas vezes, o movimento com a cabeça serve apenas para aumentar o campo de visão do animal ou para chamar a atenção de alguém. A investida ou empurrão com a cabeça é também uma forma de atrair a atenção ou talvez a demonstração de não gostar de alguma coisa que está vendo ou sentindo. 

As pernas não servem somente para dar movimento e estrutura, também possuem a sua linguagem. Escavar o chão com as patas mostra o desejo de achar algum alimento ou de estar pedindo-o ao seu dono. Serve também de reconhecimento e como desejo claro de continuar com algum movimento, mostrando algum tipo de frustração. Levantar a pata dianteira é ameaça, pois dá início ao coice frontal, enquanto que levantar a perna traseira é um ato defensivo, anterior ao coice. O coice é uma forma de proteção, agressão, dominância e força, enquanto bater e pisar são maneiras como o cavalo demonstra que é o chefe, é uma forma de protesto. 

A face do animal também transmite sinais, através da boca, dos olhos e das narinas. O ato de abocanhar, onde o animal puxa o canto da boca, abrindo-a e fechando-a como se fosse morder, mostra o lado brincalhão, querendo dizer "olha, eu estou aqui e sei ser simpático!". Quando os cavalos possuem o hábito de mordiscar uns aos outros (pêlo e crina), pode ser a representação de cordialidade entre eles, a maneira que encontraram de demonstrar "amizade". Abrir os lábios e não morder, também é uma brincadeira, mas a mordida é uma forma de defesa. A boca contraída mostra angústia e dor, enquanto os lábios caídos mostram relaxamento. 

Os olhos demonstram medo, excitação, curiosidade, dor e interesse, assim como as narinas podem dilatar em estado de excitação, esforço ou emoção intensa. Prestando atenção no comportamento de pastejo do cavalo, veremos que, praticamente, não se modifica quando anoitece, o que revela uma capacidade de visão noturna relativamente boa. 

Os cavalos utilizam-se de vários recursos para se comunicarem através de seus próprios corpos ou com a emissão de sons, cabendo a nós conhecer e observar esses sinais de comunicação para que se possa chegar ao convívio mais completo. O cavalo faz sua parte de maneira natural e espontânea, expressando o que sente, avisando com antecedência do que gosta e do que não gosta, deixando clara sua posição de submissão e obediência, da mesma forma que alerta sobre sua postura de líder em determinadas situações. Será que estamos atentos a isso e correspondendo com a mesma franqueza aos sinais de comunicação. Bom, se ficou alguma dúvida no ar, chame seu cavalo e tenha uma longa conversa com ele!

FONTE: enviado por Ruralban

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Aprenda a fazer uma ordenha de cabras manual

A Embrapa desenvolveu o Kit de Ordenha Manual para Caprinos, uma tecnologia social que contribui para o desenvolvimento sustentável da caprinocultura leiteira de base familiar nas diferentes regiões do país. 



A correta utilização favorece a obtenção higiênica do leite, por meio da redução de micro-organismos com consequente controle da mastite/mamite (inflamação da glândula mamária) nos rebanhos.
Segundo a Embrapa, o Kit pode ser montado pelo próprio produtor e é composto por peças e utensílios facilmente encontrados no mercado.
• 1 balde plástico de 8 litros para armazenamento de água clorada
• 1 filtro para coar o leite (nylon, alumínio, aço inoxidável ou plástico atóxico)
• 1 adaptador para caixa de água de œ polegada
• 1 copo graduado para medir o detergente em pó
• 1 caneca de fundo escuro ou telada
• mangueira de borracha (5 metros)
• 1 adaptador de pressão de œ polegada
• 1 registro esfera de œ polegada
• 1 esguicho de jardim de œ polegada
• detergente alcalino em pó
• papel toalha descartável
• 1 par de luvas de borracha
• 1 caneca para ordenha
• 1 veda-rosca/teflon
• 1 seringa de 20 mL
• cloro comercial
• escova ou bucha

Para a realização de uma ordenha higiênica, os cuidados abaixo deverão ser observados:
• Condução dos animais para a sala de ordenha de forma tranquila.
• Adoção de uma linha de ordenha, para que as cabras sadias, que nunca tiveram mastite/mamite (inflamação da glândula mamária) sejam ordenhadas primeiro.
• Lavagem das mãos do ordenhador.
• Realização do teste da caneca telada ou de fundo escuro, para a retirada dos primeiros jatos de leite e detecção de cabras com mastite/mamite clínica, por meio da observação do leite, verificando se possui anormalidades como grumos, pus ou sangue.
• Lavagem dos tetos com água clorada.
• Secagem de cada teto com papel toalha absorvente e descartável. Não é recomendado a utilização de panos.
• Realização da ordenha com movimentos lentos e organizados para ajudar o estímulo e a descida do leite.
• Após a ordenha, imergir os tetos em solução antisséptica glicerinada (solução de iodo a 0,5% com glicerina).
• Manutenção das cabras de pé após a ordenha.
• Filtração do leite em coador apropriado.
• Resfriamento do leite em temperatura igual ou inferior a 4°C, logo após o término da ordenha.
• Atenção: O leite de cabras que estão com mastite ou em tratamento não poderá ser aproveitado. Esse leite deverá ser descartado.
• Lavagem e higienização da sala de ordenha, utensílios e equipamentos com a solução detergente de limpeza e água corrente.
• Para o preparo da solução de limpeza coloque 20 gramas de detergente alcalino em pó (conforme o copo de medida graduado) em uma garrafa PET de dois litros, contendo 1 litro de água de boa qualidade. Agite a garrafa até dissolver bem todo o detergente e em seguida complete a garrafa com água até encher. Utilize luvas para realizar a limpeza dos utensílios que entram em contato com o leite.

FONTE: Canal Rural

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Dez mitos no uso do sal mineral para bovinos

Uma técnica usada há décadas na pecuária de corte brasileira é a mineralização do rebanho. Apesar disso, parece que algumas informações distorcidas ainda prevalecem no meio. O objetivo da lista abaixo é, ao esclarecê-las, contribuir para o melhor uso da técnica. São dez pontos que elencamos como “mitos”, ou seja, algo “que não tem existência real ou passível de ser provada”, conforme uma das definições do dicionário “Caudas Aulete”. Vamos a eles:
Mito 1: “Sal mineral é tudo igual!” – Um sal mineral é uma mistura de vários elementos, óxidos e sais à disposição no mercado. Comprá-los e misturá-los é algo dentro das possibilidades de quase qualquer terráqueo. Mas, então, por que isso é mito? O que pode diferenciar um sal mineral de outro? O primeiro ponto seria a formulação do sal (as quantidades de cada matéria prima visando determinadas concentrações finais dos nutrientes no produto). Um produto mal formulado, isto é com níveis de garantia furados e consumo mal planejado, não será eficaz. Assim, mesmo que o animal o consuma, não será atingido o objetivo de atender suas exigências minerais. Outra questão ainda muito mais comprometedora é que existem inúmeras armadilhas no mercado em termos de matéria-prima. Ainda que algumas delas possam ser evitadas com uma análise de laboratório, outras podem ter um  laudo perfeito do laboratório, mas o nutriente não ser assimilável (não ser biodisponível, no jargão técnico). Outros diferencias seriam: qualidade da mistura, fontes mais nobres de matéria-prima, tipo de apresentação (granulado, floculado,,,), resistência ao empedramento e algo que tem feito muita diferença: apoio técnico da empresa ao produtor.
Mito 2: “O animal sabe que mineral precisa!” – Esse é um dos mitos mais difusos e duradouros. Já foi amplamente comprovado por pesquisas que o animal voluntariamente não seleciona minerais dos quais esteja deficiente. Exatamente por isso que precisamos colocar todos juntos, de maneira bem formulada para que eles os consumam. Como o sódio é o único mineral que efetivamente o animal mostra desejo em consumir, o cloreto de sódio virou o veículo ideal para ajudar nesta tarefa (Ver Mito 5).
Mito 3: “O mineral que importa no sal, mesmo, é o fósforo” – Segundo um extenso levantamento realizado pela Embrapa Gado de Corte, 100% das forrageiras analisadas teriam valores muito baixo de sódio (< 0,1% da matéria seca), que predisporiam deficiência. Nesta mesma pesquisa, o fósforo ficou em quarto lugar, com 72% das amostras abaixo de 0,12% da matéria seca. Zinco, com 96% das amostras menor do que 20 ppm (2º lugar), cobre com 82% menor que 4 ppm (3º lugar) e Cálcio com 38% menor que 0,2% da matéria seca (5º lugar), completam a lista. Não foram avaliados nesta pesquisa Cobalto, Iodo e Selênio, todos com histórico de deficiência e resposta a suplementação no Brasil. Fica claro, então, que o fósforo não é o único mineral que devemos nos preocupar. Como todos podem limitar a produção, devemos nos preocupar com cada um deles, bem como nos preocupar que estejam balanceados, sem grandes excessos que possam predispor a problemas de absorção (um mineral em excesso, prejudicando a absorção de outro).
Mito 4: “Quanto maior a concentração em minerais, melhor é o sal! Esse é o critério que eu uso na compra!” – Ao comparar dois produtos é comum o produtor optar por aquele que tenha valores de níveis de garantia dos nutrientes mais altos. A lógica seria que, se eles têm maiores concentrações, o animal vai ter mais desse mineral a disposição. O que “fura” essa lógica é o consumo! Se o sal tem 90 gramas de fósforo por quilograma do produto isso apenas significa qual a concentração dele e não quanto está à disposição do animal, o que vai depender da quantia que ele ingere desse sal mineral. Assim, se esse sal tem um consumo de 60 gramas/cabeça.dia, o consumo de fósforo pelo animal é de 5,4 g/cabeça.dia. Um sal com 88 de fósforo por quilograma do produto, mas com consumo de 70 gramas/cabeça.dia, suprirá com 6,16 gramas de fósforo por dia ao animal, quase 1 g a mais do que o de 90. Portanto, lembre-se: o animal não come concentração, ele come o sal!
Mito 5: “Só o sódio basta para acertar o consumo” -  Esse é um mito que todo nutricionista gostaria de acreditar, pois a única forma de formular o sal é considerar que isso é verdade. Enfim, precisamos de uma referência e a melhor que temos é o teor de sódio. Esta referência até funciona bem, no sentido que ao fazermos a média de muito dados de consumo, há uma convergência para que o valor obtido se aproxime daquele que atende as exigências de sódio. Assim, para estimar a o consumo de um mineral bastar identificar qual o consumo necessário para atender as exigências de sódio. Por exemplo, considerando como 10 g de Sódio a exigência de uma unidade animal (um animal com 450 kg), se o sal fornecido a ele tem 200 g de sódio por quilograma do produto, o consumo esperado deste produto é de 50 gramas/cabeça.dia, O cálculo é uma “regra de três”: Se em 1 kg do produto temos 200 g, quantos quilos do produto preciso para ter esses 10 g ou, simplesmente, 10 g/cab.dia dividido por 200 g Sódio/kg produto  = 0,05 kg produto.
Mito 6: “Regulando o consumo pelo teor de sódio, não há necessidade de monitorar o consumo” – O problema dos nutricionistas precisarem tanto desta referência é que ele passa, muitas vezes, a ser tido como uma referência absoluta. A realidade nos mostra que o consumo de minerais é muito variável e que essa variabilidade é pouco previsível. O que esta realidade nos impõe é monitorarmos o consumo, de preferência, de piquete à piquete e, na pior das hipóteses ter a média da fazenda no ano. (neste link há um exemplo deste cálculo:http://sites.beefpoint.com.br/sergioraposo/2013/12/26/cinco-dicas-basicas-para-ter-uma-producao-melhor-em-2014/)
Mito 7: “As empresas usam palatabilizantes para aumentar consumo” – O consumo de minerais interessa, sim, às empresas, pois quanto maior for o consumo, maiores serão suas vendas. Todavia, não há pior propaganda para uma empresa do que ela ter sais minerais com fama de alto consumo, pois isso é um fator altamente desestimulante para os compradores. Aliás, nunca há reclamação por consumo abaixo do valor recomendado, apenas quando ele fica acima. Ocorre que o maior prejuízo ao pecuarista, em geral, ocorre por não aproveitar todo o benefício de “zerar” as deficiências minerais. Dessa forma, é interessante que algum palatabilizante seja utilizado na formulação. Adicionalmente, resultados de pequisa mostram que ele ajuda a uniformizar o consumo, o que é muito desejável. (Mais informações sobre consumo uniforme do lote no texto: http://sites.beefpoint.com.br/sergioraposo/2013/09/17/mineralizacao-de-animais-em-pastagem-assunto-encerrado/)
Mito 8: “Mineralizar faz diferença mesmo na seca!” – As vendas de sal mineral aumentam na época que antecede a estiagem, mostrando claramente que o produtor tem aumentada sua preocupação em vista dos pastos mais pobres da seca. A crença por trás disso seria que, uma vez que a pastagem teria níveis mais baixos de minerais (o que é fato), consequentemente seria necessário dar mais minerais ao animal para compensar. Todavia, o que acontece na seca é que não adianta fornecer apenas os minerais, pois o nutriente mais limitante é a proteína. Há, inclusive, dados de pesquisa mostrando não haver diferença entre fornecer sal mineralizado e apenas sal branco aos animais na época da seca. A lógica é que a exigência dos minerais para manter ou perder peso na seca é tão baixa que o pouco que tem na pastagem já resolve. O conceito importante aqui é o seguinte: Quanto maior a produção, maior a necessidade de nutrientes (inclusive minerais). Por isso que a hora que mais se deve preocupar com a suplementação de minerais é nas águas. Na seca, também devemos, mas usando sal com ureia e proteinado, resolvendo primeiro o fator mais limitante.
Mito 9: “Se não usar cocho coberto, melhor nem mineralizar!” – Cochos cobertos, bem assentados, bem localizados, que não fiquem ilhados por acúmulo de água ajudam muito os lotes por eles atendidos a terem bom consumo e devem ser o padrão a ser atingido. Todavia, o pior cenário não é ter o sal mineral molhado pela chuva, mas a falta de espaço linear mínimo de cocho. Recomenda-se oferecer no mínimo 6 cm lineares de cocho para cada unidade animal atendida por esse cocho. Entre ter o sal preservado da chuva e dar acesso ao sal a todos os animais, mesmo que molhado, dê preferência à segunda opção. Ainda assim, ao usar cochos não cobertos, é aconselhável ter um monitoramento (e abastecimento) mais intensivo, uma vez que a umidade ajuda a empedrar o sal, o que prejudica seu consumo.
Mito 10: “Bobagem gastar com sal mineral! Um amigo parou de mineralizar e não notou diferença nenhuma!” – Esse é um mito para o qual basta o tempo para que seja derrubado. As vezes, nos deparamos com alguém que está fazendo esse “teste” e é possível que, em algum lugar no Brasil, de fertilidade natural muito alta e que o produtor se contente com índices produtivos medíocres que o “teste” funcione por um bom tempo, alongando a “vida útil” do mito. O confronto entre os níveis usualmente encontrados dos minerais nas forragens brasileiras e a exigência cada vez maior, a medida que melhoramos o manejo das pastagens e a genética dos animais, fazem com que possamos esperar que cada vez mais esses tipo de “teste” dure menos.
Um bom uso da técnica de suplementação mineral permite o aproveitamento de todo potencial produtivo da forragem. Ajudar esse aliado da produção a nos ajudar é altamente compensador. Ter esses conceitos corretos na ponta da língua ajudam a deixar o sal na ponta da língua dos animais e o azul mais vivo na conta da fazenda.
Por Sergio Raposo para BeefPoint