terça-feira, 29 de março de 2011

Ovelha Santa Inês


A raça Santa Inês pode ser utilizada para produção de cordeiros para abate precoce, em sistemas intensivos de produção, como linhagem materna devido às características já mencionadas de elevada habilidade materna, prolificidade, não-estacionalidade reprodutiva, menor susceptibilidade a endo e ectoparasitoses, adaptação às pastagens tropicais, etc. O menor porte em relação às raças especializadas resulta em menor exigência nutricional, possibilitando maior lotação das pastagens. Isto, aliado à menor ocorrência de problemas sanitários, possibilita a obtenção de menores custos de produção.

Origem da Ovelha Santa Inês

A raça Santa Inês Teve origem no cruzamento de Carneiros da raça Bergamácia com ovelhas Crioulas e Morada Nova. A ovelha Santa Inês é desprovida de lã (deslanados) de grande porte, desprovidos de chifres, os machos podem chegar a cerca de 100Kg e as fêmeas 70Kg.

Características da Ovelha Santa Inês

Cabeça – Seu tamanho é proporcional ao corpo.
Corpo – Seu tronco é bastante forte e possui quartos dianteiros e traseiros bem forte e musculosos, ossadura bastante forte, dorso reto com pequena depressão próxima a cernelha, cauda de tamanho médio, garupa pouco inclinada.
Membros – Os cascos são brancos ou negros de acordo com a coloração apresentada no nariz, ossos bastante fortes.
Pelagem – possui quatro tipos de pelagem:

1º – Branca: com nariz e cascos despigmentados ou não;
2º – Chitado: Pelagem Branca com pequenas manchas pretas e ou marrons;
3º – Vermelha: é a pelagem mais comum;
4º – Preta: totalmente preta

São animais de muito boa aptidão para carne e pele, mas requerem cuidados por serem exigentes quanto a alimentação, necessitando de boa pastagem ou complemento.

Reprodução do ovino Santa Inês

Um dos principais entraves à ovinocultura de corte é a estacionalidade reprodutiva da maioria das raças lanadas de origem européia, que são poliéstricas estacionais, possibilitando o acasalamento somente no verão-outono e parindo no inverno-primavera. Desta maneira a produção de carne de cordeiro, com essas raças, concentra-se em algumas épocas do ano, não permitindo sua produção durante todo o ano. O pequeno número de cordeiros produzido anualmente por ovelha, devido ao grande intervalo entre-partos, também é um aspecto negativo para a atividade, pois aumenta o custo de manutenção das matrizes, encarecendo o preço da carne de cordeiro em sistemas de produção mais intensivos.
A produção contínua de cordeiros durante o ano todo é condição necessária para o sucesso da criação e esta é uma das características mais importantes da raça Santa Inês, que por ser poliéstrica anual, pode ser acasalada em qualquer época do ano, desde que em estado nutricional adequado. As fêmeas Santa Inês mostram ainda possibilidades de, em condições especiais de manejo, apresentarem cios ainda com a cria ao pé, o que diminui acentuadamente o intervalo entre partos, sendo possível intervalos inferiores a oito meses.
Outra característica de extremo interesse é a acentuada habilidade materna das ovelhas, que favorece a sobrevivência peri-natal dos cordeiros, aumentando assim a disponibilidade de animais para abate, bem como para a reposição de matrizes.

Pastejo do ovino Santa Inês

Os ovinos Santa Inês apresentam comportamento muito ativo em pastejo, caminhando com desenvoltura e explorando melhor os locais de alimentação, o que lhes confere maior capacidade de adaptação a ambientes distintos.
Apresentam particularidades comportamentais que os diferem dos lanados europeus, mostrando hábitos de pastejo mais elevado, o que lhes possibilita maior exploração dos recursos alimentares disponíveis. Ovinos deslanados mostram uma maior aceitação de plantas de folha larga que ovinos lanados, desta maneira consomem maior diversidade de plantas, sendo este fato muito importante em pastagens com grande diversidade de espécies.


Fonte: Ovelha Santa Inês / Infobios

Um comentário:

  1. Ovinos são a nova alternativa pra geração de emprego e renda no norte do Brasil. Região que até poucos anos atrás detinhas somente 2% do rebanho total no Brasil. A raça Santa inês foi a escolhida (matrizes) pro projeto de incentivo a produção, justamente pelas características que voce citou. Os reprodutores ficaram por conta da raça dorper.
    Legal voce informando um pouco mais sobre ovinos aqui no seu blog. Precisamos dufundir mais a ovinocultua e eleminar gargalos na produção.
    Visite meu blog: http://penotoco.blogspot.com

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