O cultivo de silagem em lavouras de baixa qualidade pode comprometer a produtividade da plantação e torná-la pouco lucrativa. A ideia, comum entre alguns agricultores, de que não é necessário dispensar a essa produção os mesmos cuidados que recebem os cultivos comerciais resulta, muitas vezes, na escolha inadequada de sementes e na aplicação insuficiente de insumos. Ao final do processo, o produtor obtém uma silagem com valor nutricional inferior e pouca quantidade de grãos.
De acordo com João Ricardo Alves Pereira, doutor em zootecnia pela Unesp de Jaboticabal e consultor da Pioneer na área de nutrição animal, a preocupação do agricultor deve começar na escolha da variedade e se estender até as últimas etapas de manejo da lavoura. Segundo o pesquisador, a qualidade da plantação não pode ser prejudicada por cortes de gastos na aplicação de insumos e na compra da sementes. Quanto mais o produtor investe na qualidade da lavoura, maior o lucro e menores os custos.
A partir do momento que o produtor tem maior produtividade, ele tem redução de custo. A explicação é que existe um custo operacional bastante significativo, que inclui gastos com colheita, transporte da forragem, colocação do silo, compactação do silo e fechamento desse material todo. E esse custo, em algumas operações, é o mesmo independentemente da quantidade, de forma que quanto maior for a produtividade menor é o impacto do gasto — explica.
O retorno econômico, segundo o zootecnista, aparece no momento da alimentação do gado. Seja a pecuária de corte ou de leite, a silagem de milho de boa qualidade nutricional dispensa a necessidade de suplementação com ração concentrada. Portanto, todo o investimento feito na qualidade da lavoura tem um retorno positivo para o bolso do produtor.
A busca de informações técnicas é fundamental para o sucesso da lavoura e a qualidade da silagem.
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