domingo, 13 de fevereiro de 2011

Manejo correto no pesque solte

Manejo correto no pesque solte ajuda na manutenção dos recursos pesqueiros no Pantanal
A Embrapa Pantanal publicou em 2007 uma cartilha contendo recomendações que devem ser seguidas pelos pescadores durante a prática do pesque e solte para que a modalidade seja realizada sem causar excesso de estresse nos peixes, bem como danos para a saúde dos animais

Com o pesque e solte está liberado desde do dia 1º de fevereiro no rio Paraguai ficando liberado até 28 de fevereiro, quando começa a temporada de pesca na região, é importante que os pescadores tenham conhecimento de algumas práticas adequadas durante a pescaria. O pesque solte, realizado da forma correta, é uma prática eficaz para a manutenção dos recursos pesqueiros da região Pantaneira. 
Segundo a pesquisadora da Embrapa Pantanal Débora Marques, é preciso tomar alguns cuidados ao praticar o pesque e solte, para que o animal não seja muito machucado durante a prática, vindo a ser devolvido debilitado e suscetível a possíveis predadores: “ É importante utilizar um anzol circular, pois os mais utilizados pelos pescadores geralmente perfuram a cabeça do animal, ocasionando lesões nos olhos e até no cérebro do animal. O circular fica inserido somente nas partes mais externas da boca, onde o peixe normalmente se machuca e não sangra. Diminuir a luta do peixe durante a captura também evita a ocorrência desses acidentes”, explica a pesquisadora. 
Outras recomendações importantes, listada também na cartilha da Embrapa, é em relação ao período em que o peixe se encontra fora d água: “ o ideal seria não retirar o peixe do ambiente em que ele se encontra e ao manusear o animal, procurar não acariciar ou abraçar, evitando assim que seja retirado o muco que envolve o corpo e serve como proteção contra infecções” completa Débora. No momento de devolver o peixe para a água, a pesquisadora explica que não é recomendado jogá-lo, pois isso poderia causar danos na coluna vertebral e órgãos internos além de desorientação, tornando-o presa fácil para os predadores. 

Para maiores informações e acesso a cartilha, acesse o site da Embrapa Pantanal, no endereço: www.cpap.embrapa.br.

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