quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Peru decodificado

Os perus domésticos, símbolo da celebração de Ação de graças nos Estados Unidos, se tornaram tão populares que representam hoje a quarta opção de carne entre os americanos - atrás apenas da carne suína, bovina e de frango.

Agora, cientistas mapearam pela primeira vez quase 90% do genoma do peru. Essa informação pode levar a avanços na qualidade da carne, na fertilidade do pássaro e na taxa de produção. A sequência do genoma do peru está descrita na revista "PLoS Biology". Para fazer o sequenciamento, os pesquisadores usaram uma nova tecnologia que obtém os dados rapidamente, no período de um ano.

Esses dados preliminares foram obtidos em um grupo de centenas de milhões de bases ou moléculas que formam o DNA do peru. Usando um software especializado, os cientistas criaram um diagrama genético do peru. "O genoma, no peru, é realmente como um livro", afirmou Rami A. Dalloul, um dos autores do estudo e pesquisador de aves domésticas da Faculdade de Agricultura e Ciências da Vida da Virginia Tech.

Quando pesquisadores sequenciaram o genoma do frango, em 2004, foram necessários vários anos e milhões de dólares, segundo Dalloul.

Como a tecnologia foi muito aprimorada, o sequenciamento do genoma do peru custou pouco mais de US$200 mil, disse ele.

O livro do genoma do peru pode ser útil na criação de perus para abate. Descobrir quais genes são associados à fertilidade poderia ajudar a indústria a aumentar a produção, criando perus geneticamente modificados. O conteúdo de nutrientes também pode ser aumentado.

Animais para abate geneticamente modificados são controversos, mas o genoma do peru também pode se mostrar útil às pesquisas médicas. Compreender a genética de doenças nos perus poderia ajudar em pesquisas de doenças humanas.

O peru é o terceiro pássaro a ser sequenciado, depois do frango e do mandarim. O sequenciamento do genoma do mandarim foi reportado mais cedo neste ano.

Neste estudo, os pesquisadores sequenciaram os genes um peru doméstico, mas eles pretendem estudar também o pássaro selvagem. "Isso nos ajudará a entender a evolução desses pássaros decorrente da domesticação", explicou Dalloul.

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