Que abelhas são criadas no Brasil?
A espécie de abelha mais comum, criada no Brasil e no mundo inteiro é a Apis mellifera(o seu nome científico). Também são criadas aqui algumas espécies de abelhas nativas (ou indígenas ou sem ferrão), que são menores e muito menos produtivas, mas que fornecem um tipo de mel diferente, muito apreciado por alguns.
O que significa esse nome científico?
A classificação dos seres vivos é feita em diversos níveis (reino, classe, ordem...). Ao se mencionar um determinado indivíduo, o mais comum é usar-se apenas o gênero e a espécie. No caso, a nossa abelha comum pertence ao gênero Apis e à espéciemellifera.
Um outro nível é usado às vezes para identificar subespécies, variedades ou raças, como em Apis mellifera carnica. Ao final do nome científico, freqüentemente aparece o nome do responsável pela identificação da espécie, geralmente abreviado. Por exemplo, Apis mellifera mellifera L. (de Linnaeus).
Quando se está fazendo referência a mais de uma espécie do mesmo gênero, ele é escrito seguido da abreviatura spp. Por exemplo, Apis spp.
Os elementos do nome científico são palavras em Latim, ou latinizadas, quando a palavra correspondente não existe neste idioma. O gênero é grafado com a primeira letra em maiúscula, a espécie e subespécie, em minúscula. Nenhum deles leva acento.
Que raças de abelhas existem?
A Apis mellifera possui diversas subespécies (raças). Algumas são originárias da Europa e outras da África. Entre as européias mais conhecidas, estão a mellifera, aligustica (popularmente conhecida como "italiana"), a carnica e a caucasica. Entre as africanas, destacam-se a scutellata, a capensis, a monticola e a adansonii.
Que raças existem no Brasil?
No Brasil, e em quase toda a América Latina, a predominância é de uma raça híbrida entre a A.m.scutellata e as raças européias citadas acima. Como essa hibridização não está padronizada, ou seja, ainda há uma enorme variedade morfológica e comportamental, não foi registrada uma raça específica, mas essas abelhas são genericamente referidas como abelhas africanizadas.
Como essas abelhas chegaram aqui?
Rainhas de A.m.scutellata (originalmente chamada de A.m.adansonii) foram introduzidas no Brasil em 1956, para uma experiência de melhoramento genético. Fora de controle, enxames abandonaram as colméias e passaram a viver na natureza. A partir de então, enxameações sucessivas e cruzamentos de zangões africanos com princesas européias deram início a uma longa e impressionante ocupação do continente. Em 1990, os genes africanos chegaram à fronteira sul dos EUA, tendo percorrido cerca de 8.000 km em 34 anos.
Ao longo do tempo, os cruzamentos deram origem a enxames híbridos, com diferentes graus de predominância dos caracteres genéticos africanos.
Fonte: http://criacaodeanimais.blogspot.com
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