O mundo tem uma população ovina de aproximadamente 1,2 bilhão, sendo mais de 800 raças, ocupando grande parte dos ambientes impróprios para a agricultura, como regiões montanhosas e semiáridas. Pela seleção praticada pelo homem e pela capacidade de adaptação desses animais, é possível encontrar criações de ovinos nas mais diferentes condições ambientais.
No Brasil, a produção de ruminantes é baseada em pastagens, independente do produto obtido, seja carne, leite ou lã. As gramíneas constituem a base natural da alimentação dos animais ruminantes, sendo considerada a principal e mais econômica fonte de nutrientes, em virtude da capacidade dos mesmos de ingerir e digerir alimentos fibrosos.
Em vista disso, há que se dar atenção ao manejo dos ovinos nas pastagens, já que a produtividade aumentará, à medida que o pasto tiver maior valor nutricional e maior disponibilidade de forragem. No sistema de produção de carne ovina, o pastejo está diretamente relacionado com a eficiência reprodutiva do rebanho, influenciando diretamente a fertilidade, a prolificidade e a capacidade de sobrevivência dos recém-nascidos.
Quanto à capacidade de consumo do animal, considere-se que é regida pelos seguintes fatores: palatabilidade das forrageiras, velocidade de passagem pelo tubo digestivo, efeito do ambiente sobre o animal e quantidade de forragem disponível, sendo a preferência das ovelhas as gramíneas de porte baixo. Na escolha da gramínea, deve-se observar a qualidade nutricional, que determinará o desempenho dos animais em termos de ganho de peso; a boa capacidade de produção de forragem por área; o custo de implantação; e a sua resistência ao pastejo, às pragas e às condições climáticas. Entre as espécies mais utilizadas estão as do gênero cynodom, estrela africana, cost-cross e tiftons.
As leguminosas também são importantes como banco de proteínas na alimentação e devem ser introzidas em consórcio nas pastagens de gramíneas, ou mesmo cultivadas em áreas separadas. As espécies mais usadas são puerária, soja perene, centrosema, lab-lab e o calopogônio.
A integração de ovinos com outras espécies no pastejo pode ser uma forma de explorar melhor o pasto e melhorar o manejo da forrageira, considerando os hábitos de pastejo diferenciados. Pode-se realizar a integração entre diferentes ruminantes, tanto bovinos quanto equinos. Para que essa associação seja bem sucedida, aspectos como a interação social, a utilização deplantas forrageiras, a distribuição de excrementos na pastagem, os impactos sobre o solo, a sanidade e a produtividade, devem ser observados e analisados.
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