sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cooperativas e manejo como soluções para apicultura

Organizar-se em associações e cooperativas e investir na capacitação técnica. Essas são as alternativas para os produtores de mel do Estado do Acre obterem mais uma fonte de renda. Visando elevar e obter uma produção constante, os apicultores encontram obstáculos como períodos longos de chuva e alta umidade, típicos da Região Norte. No programa de desenvolvimento da atividade da Embrapa Acre, sob coordenação da pesquisadora Patrícia Drumond, o produtor pode ter acesso a técnicas de manejo de baixo custo e favoráveis às pequenas propriedades.
De acordo com Patrícia, em primeiro lugar deve-se levar em consideração uma série de fatores para a escolha da localização dos apiários. A vegetação do entorno, a presença de flores ao longo do ano, a potencialidade hídrica e a facilidade de acesso são quatro dos principais. Outro aspecto destacado pela pesquisadora é seguir as normas dos órgãos governamentais para a produção voltada para o comércio. 
As normas vão desde a localização dos apiários até como será feita a extração. Hoje em dia é obrigatório ter uma unidade de extração, que chamamos de Casa do Mel, local de alvenaria que tem medidas, características e equipamentos exigidos — alerta Patrícia, comentando que esses locais são fundamentais para que os procedimentos corretos evitem que a umidade altere a composição do mel. 
Atualmente, a produção de mel no Acre ainda é baixa. O estado está em penúltimo lugar no ranking brasileiro. Porém, a pesquisadora da Embrapa comenta que a organização dos apicultores pode inverter essa situação, como aconteceu em outros Estados da Amazônia e do Nordeste, e que o mais importante é a utilização de técnicas que atendam ao mercado legalizado. Patrícia ainda cita o Pará como exemplo. Em 2009, o Estado chegou a colher 200 mil toneladas de mel e tornou-se o quinto maior produtor apícola do Brasil. 
É muito importante que o apicultor tenha em mente que não basta colocar as abelhas numa caixa, deixá-la abandonada e só voltar na época da colheita, pois quando ele chegar, a formiga e traças já atacaram ou as abelhas já abandonaram a colméia. É preciso um acompanhamento e observação. Por exemplo, se não tem flor o ano todo, o produtor tem que fornecer uma alimentação artificial. Assim, a presença do técnico é fundamental, para vencer todas as etapas — aconselha Patrícia. 

Para mais informações, os interessados devem entrar em contato diretamente com a Embrapa Acre pelo telefone (68) 3212-3200.

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