Um estudo de pesquisadores alemães indicou que macacos adultos são capazes de reconhecer seus "amigos" em fotografias. Na pesquisa, macacos-de-gibraltar selvagens passaram mais tempo analisando as fotos de animais que eles não conheciam.
Os mais novos ficaram interessados e ao mesmo tempo confusos diante das imagens, às vezes tocando ou saudando a foto.
Em um artigo na revista científica "Animal Cognition", os cientistas do Centro de Primatas e da Universidade de Gottingen, na Alemanha, concluem que estes animais aprendem, com a idade, a entender o que as fotos representam.
"Nós não esperávamos que eles respondessem dessa maneira às fotos", disse a coordenadora do estudo, Julia Fischer. "Pensamos que as fotos não seriam relevantes para eles, porque na vida real eles não têm nada assim."
Para a pesquisadora, "agora que sabemos (que eles reconhecem espontaneamente as fotografias), poderemos estudá-los em um ambiente muito mais natural, através de jogos".
Rosto conhecido
A pesquisa de campo foi conduzida no parque natural de Rocamadour, no sudoeste da França, com macacos que não haviam sido treinados.
A equipe estava munida de folhetos contendo as fotos dos animais para ajudá-los na identificação dos indivíduos de cada grupo.
"Um dos macacos agarrou um livro de fotos e começou a olhar para as fotos. Um estudante me perguntou se eu achava que ele estava reconhecendo o macaco da foto. Eu não sabia", contou Julia Fischer.
A pesquisadora e sua equipe montaram então um experimento simples, dando aos macacos fotos de animais do mesmo grupo e de outros grupos. Os pesquisadores observaram que, quando os macacos adultos recebiam fotos de um rosto familiar, passavam a vista rapidamente.
"Animais adultos passaram mais tempo olhando para os animais desconhecidos, sugerindo que eles reconheciam os membros do seu grupo pelas fotos", afirmou a professora.
Já os animais mais jovens, embora demonstrassem muito interesse, ficaram claramente confusos com as fotos. "Alguns não souberam o que fazer e acabavam saudando as fotos", disse a professora Fischer.
Fonte: O Globo
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