domingo, 17 de abril de 2011

Pastejo rotacionado triplica produção de leite em Recreio, Zona da Mata

A unidade, implantada em uma propriedade particular, pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), na comunidade rural de Agaturama, conseguiu saltar de uma produção inicial de 60 litros diários de leite, em média, para 180 litros/dia, conforme informações do extensionista local, Rodrigo Junqueira. 
Segundo Junqueira, o objetivo do projeto é melhorar a qualidade e a quantidade da alimentação oferecida aos rebanhos, de forma que os produtores do município adotem a iniciativa em suas propriedades. De acordo o técnico, “o projeto desencadeou outras melhorias, como o aumento no índice de sanidade animal e um melhor desempenho reprodutivo do gado”. 
A manutenção da unidade demonstrativa fica a cargo dos produtores locais. Mas, segundo Junqueira, “a Emater-MG presta assistência técnica e auxilia aqueles que se interessam pelo pastejo rotacionado”. Ainda de acordo o extensionista, o local tem atraído a atenção de produtores de outros municípios como Leopoldina, Itamarati de Minas e Santana de Cataguases, recebendo a visita de muitos deles. 
Desde 2007, ano de implantação do projeto, dez propriedades rurais de Recreio adotaram o sistema de pastejo rotacionado. O extensionista lembra que o projeto foi implementado após visitas às propriedades do município. O levantamento constatou naquela época, a precariedade na alimentação oferecida aos bovinos da redondeza e por isso a técnica foi incentivada pela empresa. 
O pastejo rotacionado consiste em dividir a pastagem em três ou mais partes (denominadas piquetes), protegidas por cercas, para que o gado possa se alimentar em sistema de rodízio. Isso permite a recuperação do capim, enquanto uma determinada área fica em repouso. Mas para o funcionamento correto do sistema, “o produtor deve tomar outros cuidados, como a correção do solo e o respeito aos períodos de descanso das plantas forrageiras, fontes de alimentação para os animais”, alerta Junqueira. Ele completa que “as gramíneas mais comuns, capim braquiarão e capim mombaça, por exemplo, exigem respectivamente de 30 a 28 dias para se recuperarem no pasto”.

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