terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ranicultura

A ranicultura pode ser definida como a criação racional de rãs através da utilização de técnicas específicas, com o objetivo principal de produzir carne de rã, muito apreciada em razão do seu delicado sabor e também por tratar-se de uma carne com baixíssimo teor de gordura (0,33 gramas de lipídeos/100 gramas de carne), sendo indicada para pessoas doentes e crianças com problemas de alergias gastro-intestinais.

Trata-se de um ramo da agropecuária nacional, que nos últimos anos apresentou um desenvolvimento extraordinário em função dos resultados das pesquisas que vêm sendo desenvolvidas em diversas instituições de pesquisa e ensino.

Esses resultados possibilitaram estabelecer os principais parâmetros zootécnicos hoje empregados na ranicultura, bem como o desenvolvimento de novas técnicas que abrangem todo o processo de criação, desde o ovo até a abate.

Embora já se tenha um bom conhecimento sobre o desempenho das rãs criadas em cativeiro, muitas pesquisas ainda terão que ser realizadas, principalmente na área da nutrição, seleção e melhoramento genético, até que se atinja o nível técnico apresentado em outros ramos da agropecuária, como por exemplo a avicultura.

Todavia, se compararmos a maneira como as rãs eram criadas e como são criadas atualmente, constata-se que a ranicultura nacional evoluiu significativamente, transformando-se numa atividade bastante lucrativa, desde que seja desenvolvida mediante a correta utilização das técnicas existentes que serão apresentadas resumidamente.

Embora existam diversas espécies de rãs comestíveis, a mais indicada para produção comercial é a rã-touro ou rã americana cujo nome cientifico é Rana catesbeiana - Shaw, l802.

Essa espécie é originária da América do Norte e foi introduzida no Brasil em 1935, apresentando excelente adaptação às nossas condições climáticas, com rápido desenvolvimento e maturidade precoce.

Além da carne, que é o principal produto da criação de rãs, existem ainda os subprodutos, dos quais merecem destaque: a pele (utilizada na confecção de bolsas, sapatos, cintos, etc) e o óleo de rã (utilizado na fabricação de cosméticos), além da produção de girinos, imagos (rãs recem-metamorfaseadas) e reprodutores cujo comércio tem-se intensificado bastante nos últimos anos.

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