quinta-feira, 24 de junho de 2010

Rosella eximius

Se tratado na mão quando filhote, o pequeno pássaro, de penas coloridas e canto bonito, torna-se um excelente animal de companhia

A rosella, cujo tamanho não passa de 30 centímetros, tem um canto bonito. Alegre, vivaz e inteligente, ela pode ser treinada para reproduzir um extenso repertório de assovios, além de ter capacidade para aprender a imitar algumas palavras e frases. Não é só pelo nome rosella eximius (Platycercus eximius) que esse pequeno pássaro chama a atenção. A beleza da profusão de cores vibrantes que tingem suas penas, em diversas combinações e em figuras geométricas, faz parecer que ele voou de um quadro pintado em aquarela. Vermelho, verde, amarelo, preto, azul, marrom e nuances desses tons formam o colorido exuberante da rosella para ornamentar jardins de residências e áreas de criação em propriedades rurais.

Em meio à vegetação na natureza, a mistura de cores serve de camuflagem ao pássaro, que ainda conta com dois círculos brancos em cada lado da face. A rosella vive em pares ou em pequenos grupos durante o verão. No inverno, pode formar grupos de até 20 exemplares. Há casos em que se juntam cerca de 100 pássaros em um só bando.

De origem atribuída à Oceania, em particular ao interior da Austrália, e de hábitat natural em savanas, bosques abertos e árvores em margens de rios, a rosella também pode ser vista mais próxima de áreas urbanas. Igual a arara, papagaio, maritaca, jandaia e tuim, a espécie pertence à família dos psitacídeos.

Já adaptadas ao clima brasileiro, as gerações nascidas por aqui são mais resistentes do que as autênticas rosellas importadas da Europa. Em cativeiro, são criadas em viveiros, que podem ser construídos artesanalmente, com madeira, pregos e arame galvanizado, ou comprados em lojas especializadas. Bem manejadas, podem viver mais de 20 anos no local de criação e têm capacidade para se reproduzir durante 15 anos.

Quando tratada na mão nos primeiros dias de vida, a rosella se torna um excelente animal de companhia. Para isso, o filhote deve ser retirado do ninho entre 15 e 20 dias de vida e alimentado com papinhas próprias, disponíveis em lojas especializadas. Se a intenção é instalar um plantel, é bom colocar o pássaro para se desenvolver com outras rosellas, para facilitar a formação de casais na fase de reprodução.

Texto João Mathias
Consultor Pierre J. Alonso - Zootecnista
Fonte Globo Rural

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