terça-feira, 16 de agosto de 2011

Viveiro para Camarões

Construção dos viveiros
Para o sistema semi-intensivo, os viveiros são semi-escavados, seguindo-se uma boa compactação do fundo e dos taludes. Assim, o trabalho de máquinas na escavação e compactação é indispensável, prevendo-se, inclusive, a limpeza superficial da área, com eliminação de tocos, pedras e camada vegetal, antes do estaqueamento para marcação dos viveiros.

Derivação
A derivação deverá ser do tipo individual e paralela, ou seja, a água que entra em um viveiro é, posteriormente, eliminada, sem que esta seja aproveitada em outro viveiro subseqüente.

Área
O tamanho dos viveiros deverá ser calculado de acordo com a natureza de cada projeto, no tocante ao sistema de criação adotado ou, até mesmo, orientado pela topografia apresentada pelo local. Todavia, usa-se recomendar viveiros de grande porte para obtenção de bons resultados, principalmente nas regiões onde o clima sofre muitas oscilações. Viveiros com área mínima de 1000 m2 e máxima de 5000 m2 são os mais utilizados em projetos de natureza comercial. Deve-se salientar, também, que a forma retangular é a mais adequada para o manejo, respeitando-se a proporção máxima de 3:1 (comprimento: largura).

Profundidade
A contar da lâmina d'água até o fundo do viveiro, a profundidade deverá estabelecer-se em 1,00m no ponto de abastecimento e declinar até 1,50 m, no ponto de drenagem. Além disto, deve-se prever, no mínimo, 30 cm de porção emersa nos taludes.
Inclinação dos taludes
No ponto de abastecimento e nas laterais do viveiro, a inclinação deverá respeitar a proporção mínima de 1:1,5. Já o talude do ponto de drenagem deverá apresentar a proporção de 1:2,5 . Contudo, como regra geral, usa-se recomendar uma inclinação interna de 1:3 em todos os taludes, o que irá colaborar para evitar erosões e facilitar o manejo.

Construção do sistema de abastecimento

Canal de abastecimento
O transporte da água aos viveiros poderá ser efetuado por canalizações fechadas ou a céu aberto, através de canais escavados, revestidos ou não com lona plástica ou, também, através de canais construídos em alvenaria.

Vertedouros
A água deverá abastecer os viveiros, na sua porção superficial, através de canos posicionados ao meio do talude, a uma altura mínima de 30 cm acima da lâmina d'água. O controle da quantidade de água poderá ser efetuado através de registros de gaveta ou por caixas tipo comporta.

Construção do sistema de drenagem

Comporta tipo monge
Esta comporta deverá ser construída em concreto ou alvenaria e instalada ao meio da porção final do viveiro. Tal aparato irá contribuir para regular a altura da água no viveiro, possibilitando a drenagem constante na porção inferior, sem prejudicar o nível de profundidade.
Platô de drenagem
Trata-se de uma calçada construída em concreto, com 7cm de espessura, instalada à frente do monge para facilitar o manejo durante a drenagem total dos viveiros.

Canal de drenagem
O cano de descarga do monge deverá atravessar o talude, na sua porção inferior, despejando a água da drenagem em um canal, que irá conduzí-la para um ponto de despejo em nível inferior ao dos viveiros, podendo ser constituído por algum córrego ou rio. Tal canal, deverá ser escavado na terra e protegido, nos pontos de drenagem, por revestimento em concreto.

Acabamento
Todas as porções emersas dos viveiros, bem abastecimento e drenagem, deverão conter grama erosão. Para tanto, sugere-se utilizar grama adquirida na própria área ou, caso haja necessidade de compra, recomenda-se gramas em placas, com preferência dos tipos: batatais, pensacola, São Carlos, entre outras.

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