segunda-feira, 13 de junho de 2011

FAISÃO

A carne do faisão pode ser adquirida em canais de comercialização especializados, como restaurantes sofisticados e redes de supermercados que vendem produtos nobres. Na mesma categoria das exóticas, o preço do quilo da carne fica em torno de 40 reais. Os ovos, embora menores, são quase dez vezes mais caros que os da galinha, em média, 30 reais a dúzia no varejo.
Entre as raças fáceis de lidar, a coleira é a mais indicada para propriedades pequenas. É rústica, resistente e traz bons rendimentos ao avicultor, que pode contar com posturas que chegam a 100 ovos por ano.
Os faisões se alimentam à base da mesma ração que é dada às galinhas ou às codornas, quando se quer uma dose mais alta de proteína. As refeições são distribuídas três vezes ao dia e podem ser complementadas com frutas e verduras, exceto alface, que provoca diarréia. As aves não precisam de cuidados especiais para evitar doenças, a não ser duas aplicações anuais de vermífugos; uma é recomendada em julho, no período que antecede a postura, e a outra em fevereiro, antes da troca de penas.
As regiões de clima quente são ideais para o desenvolvimento dos faisões. Ao completar um ano de vida, já atingiram a maturidade sexual e podem se acasalar. A reprodução é concentrada entre os meses de agosto e de janeiro. Como são selvagens, as fêmeas sentem dificuldades para chocar em cativeiro. A galinha caipira e a garnizé são opções como amas; há também a possibilidade de utilização de uma chocadeira, que dá conta de manter os ovos aquecidos até a eclosão, quando os faisõezinhos são transferidos para criadeiras por 40 a 60 dias, até empenarem.
Apesar da beleza visual, os faisões também têm um lado agressivo e apresentam estresse na rotina dos criatórios. Os primeiros meses são os mais complicados, período em que as aves passam por uma fase de canibalismo e precisam de mais espaços para se acomodar. Quando atingem a idade adulta, a domesticação fica mais fácil, mas ainda sob intensa dedicação do produtor. Recomenda-se a separação de um macho por viveiro, assim que for possível identificar os sexos, por volta dos três meses. Esse procedimento deve ser realizado especialmente em julho, pouco antes de iniciar o período de reprodução, para evitar brigas entre os faisões na disputa pelas fêmeas.

Mais informações: Associação Brasileira dos Criadores de Aves de Raças Puras, contato com Maria Virgínia F. da Silva, Rua Ferrúcio Dupre, 68, CEP 04776-180, Interlagos, São Paulo, SP, tel. (11) 5667-3495; João Germano de Almeida, criador, tel. (11) 3251-2311; Sandro Henrique, criador, tel. (11) 4822-2103 e (13) 3225-1175; José Renato, criador, tel. (21) 2736-2017.

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