História
Esta raça portuguesa foi criada no século XVIII para servir a corte. Em 1748, a casa real de Bragança importou 300 das melhores éguas Andaluzas para a sua coudelaria. Em 1754, a coudelaria mudou-se para Alter do Chão dando origem à primeira parte do nome desta raça. A raça foi-se desenvolvendo e obtendo reconhecimentos pelos seus belos desempenhos em exibições na capital. Contudo, durante as invasões Napoleónicas (1807, 1808 e 1810) a coudelaria foi repetidamente saqueada e a raça esteve à beira da extinção.
Com a capitulação de D. Miguel, a coudelaria foi confiscada e só no fim do século, durante o reinado de D. Maria Pia, foram feitas tentativas para recuperar a raça, introduzindo sangue Inglês, Árabe e Normando. Estas tentativas falharam redondamente e só a posterior reintrodução de sangue Andaluz e Cartusiano fez reverter o processo. Depois da instauração da República, Ruy D´Andrade conseguiu recuperar a raça a partir de dois garanhões e algumas éguas. Com o apoio do Estado Português o Alter Real vingou. Actualmente o programa de criação da raça está nas mãos do Ministério da Agricultura.
Apesar de não estarem em perigo de extinção, existem ainda poucos cavalos desta raça espalhados pelo mundo.
Temperamento
Fogoso e vigoroso, o Alter Real não é para principiantes. Esta raça é forte, inteligente e sensível. Tem uma aptidão natural para as disciplinas da Haute École.
Descrição
De porte elegante e comportamento extravagante, o Alter Real apresenta uma cabeça fina, de perfil direito e olhos vivos. O pescoço é pequeno e arqueado e as orelhas são médias. As pernas são musculosas e o peito é desenvolvido.
Pelagem
Geralmente baio, o Alter Real pode também ser visto em castanho e lazão.
Influências
Muito marcado pela raça espanhola Andaluz, mas também pelo temperamento fogoso do Árabe. Influenciou a raça brasileira Mangalargas.
Utilização
O Alter Real foi criado para cavalo de carruagem e exibição. Hoje em dia é utilizado como cavalo de sela, ensino e ainda nas exibições de hipismo.
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