quarta-feira, 13 de abril de 2011

Medidas contra a verminose na ovinocultura

Doença bastante grave que ataca ovinos e causa prejuízos aos criadores, a verminose é tema de estudo do pesquisador Luiz Henrique Fernandes, da Embrapa Gado de Corte, que vai tratar do assunto durante o 3º Dia de Campo sobre ovinos, em Campo Grande. O objetivo do encontro com os pecuaristas é detectar medidas para monitoramento da doença e formas alternativas de controle que fujam do uso excessivo de vermífugos.
Segundo Luiz Henrique, a utilização de anti-helmínticos causa dentro da ovinocultura a chamada resistência parasitária, pois os causadores das verminoses tornam-se resistentes a esse tipo de produto. Por conta disso, a pesquisa, que teve início há oito anos, visa a seleção de animais, a nutrição e seus efeitos na sanidade de cordeiros. 
A ovelha tem uma sensibilidade muito maior com relação aos outros animais para a verminose, que causa danos significativos. Os vermífugos seriam ferramentas de uso imediato, mas se tornam um problema por conta da resistência dos parasitas. Observamos, por isso, que num futuro próximo, precisamos buscar maneiras de controle, como a consorciação com outras espécies ou produtos homeopáticos ou fitoterápicos para a cura da enfermidade – informa o pesquisador. 
Os maiores causadores da mortalidade nos rebanhos são dos gêneros Haemonchus e Trichostrongylus. Seus representantes se alimentam de sangue, causando anemia e a consequente falência de órgãos vitais. Outro sintoma que pode aparecer com as verminoses é um inchaço na mandíbula inferior do animal, mais conhecido como “papeira”. Os parasitas se alojam, principalmente, no estômago do ruminante e é no órgão digestivo que eles ganham resistência aos antihelmínticos.

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