O perfil nutritivo da carne suína vem mudando com o avanço das novas tecnologias. Com isso, ela vem conquistando mais espaço na cozinha dos consumidores. No Brasil, no entanto, a média de consumo é de 13 quilos por ano, índice muito abaixo de outros países, principalmente os europeus, que consomem cerca de três vezes mais.
Além de magra, a carne de suína pode trazer muitos benefícios à saúde, pois é rica em proteína, vitaminas e minerais, como ferro, potássio, cálcio e fósforo, além de vitaminas do complexo B, devendo estar presente em qualquer dieta balanceada.
Uma das virtudes da carne suína é o seu teor de potássio. Pessoas com hipertensão devem diminuir o consumo de sal (cloreto de sódio) para abaixar os níveis de sódio do organismo. Por isso, a carne suína é a mais indicada para alta pressão sanguínea, já que o potássio ajuda a regular os níveis de sódio que aumentam a retenção de líquidos no corpo.
Além disso, a carne suína possui mais gorduras "desejáveis", chamadas de insaturadas (65%), do que gorduras "indesejáveis", conhecidas como saturadas (35%). Também é rica em ácido linoléico, que neutraliza os efeitos negativos do ácido palmítico, que é uma gordura saturada. O nível de colesterol contido na carne suína moderno é semelhante à de outras carnes e está perfeitamente adequada às exigências do consumidor moderno.
De acordo com o geneticista André Costa, as empresas têm desenvolvido pesquisas e trabalhos focados na melhoria do processo produtivo para tornar o produto final mais saudável.
"Os animais são criados confinados, sem contato com outras espécies, respeitando a necessidade do espaço necessário para expressar o seu potencial de crescimento e com controles muito rígidos em termos de higiene e nutrição para que a indústria possa garantir a saudabilidade da carne fornecida ao consumidor. Além disso, padrões rígidos de condução e transporte da granja ao abate permitem que características como maciez e suculência da carne sejam preservadas", afirma Costa.
O especialista explica que, atualmente, o suíno possui 75% menos gordura em relação há 60 anos. Esta carne, hoje, contém 16% menos gordura e 27% menos de gordura saturada quando comparada com a de 20 anos atrás. Muitos cortes são agora tão magros quanto à carne de frango, como é o caso do lombo, classificado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) como extramagra, com menos de cinco gramas de gordura, dois gramas de gordura saturada e 95 gramas de colesterol.
Zero Hora
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