CRIAÇÃO MÍNIMA: 20 milheiros para fins comerciais
CUSTO: de R$ 300 a R$ 400 é o preço do milheiro
RETORNO: um ano
REPRODUÇÃO: induzida por hormônios
INÍCIO - a necessidade de experiência no cultivo de matrinxã na fase inicial torna a compra do peixe em estágio mais avançado de desenvolvimento a melhor opção para quem conhece pouco a atividade. Assim, é indicado comprar alevinos com mais de 60 dias, após as fases de recria e de pré--engorda. Para adquirir, há viveiristas com criação da espécie em várias regiões do País. Porém, antes da compra, procure ter referências do local da venda para garantir a qualidade do matrinxã.
TRANSPORTE - do viveirista ao local de criação, transporte os peixes em saco plástico com água e com cuidado. Evite fazer esse deslocamento em dias de muito sol ou calor intenso. No viveiro de cultivo, mergulhe o saco fechado com alevinos para aclimatação. Após 20 minutos, abra o saco e, aos poucos, misture a água dos dois ambientes.
AMBIENTE - o matrinxã é uma espécie de peixe que vive bem em águas correntes, frias, alcalinas, neutras e até ácidas. Em seu hábitat natural, em rios de águas claras, o matrinxã gosta de ficar junto a pedras e troncos submersos.
ESTRUTURA - o local de criação do matrinxã pode ser em tanques escavados, gaiolas e ainda feito a partir do desvio de um pequeno rio ou riacho, com água de qualidade. No estado do Amazonas, os igarapés são bastante utilizados como sistema intensivo. Para construção da área, são necessárias paredes laterais que podem ser de madeira ou pneus usados. Pilastras de concreto com ranhuras, onde são colocadas tábuas de contenção de água, são usadas para elevar o nível de água. Recomenda-se uma vazão mínima de 30 litros de água por segundo e módulos de até 100 metros quadrados, com espaço médio entre si de 1:5.
CUIDADOS - embora resistente, o matrinxã precisa de alguns cuidados gerais na criação para não se estressar nem ficar vulnerável a doenças. Para não causar perdas na atividade, é bom evitar alta concentração de peixes, alimentação intensiva, acúmulo de matéria orgânica, além de manter a limpeza do viveiro.
ALIMENTAÇÃO - a preferência do matrinxã é por frutos, sementes, insetos e peixes pequenos, ocasionalmente. Em cativeiro, porém, pode ser fornecida a mesma ração peletizada para peixes carnívoros. Ofereça 10% do peso total do plantel dividido em quatro a seis refeições por dia. O custo da alimentação pode variar de 50% a 80% dos custos totais da criação. Guarde a ração em local seco, bem ventilado, temperatura amena e protegida de insetos, animais e luz solar direta. Mantenha estoques somente para 30 dias.
REPRODUÇÃO - o uso de hormônios para a reprodução induzida do matrinxã é uma prática complexa, que necessita de tecnologia específica e, portanto, reservada para quem já é profissional na atividade. O processo natural de canibalismo nas primeiras 36 horas de vida dos alevinos de matrinxã também exige do criador cuidado redobrado.
Dicas fornecidas por Geraldo Bernardino que é secretário executivo adjunto da Sepa - Secretaria Executiva Adjunta de Pesca e Aquicultura, Sepror - Secretaria de Estado de Produção Rural, Manaus, AM.
Fonte: Revista Globo Rural
Matéria da revista GLOBO RURAL.
ResponderExcluirCópia sem o consentimento deles é crime!