Jovens produtores rurais de Tejuçuóca, no Ceará, estão recebendo incentivo para a criação de cabras e ovelhas. Além de aumentar a produção de carne e leite, o programa quer melhorar a renda no campo.
No sertão do Ceará, há cento e quarenta e quatro quilômetros e Fortaleza, fica Tejuçuoca, a capital do bode. Uma população de aproximadamente dezesseis mil habitantes e dezesseis mil bodes.
“As pessoas já têm carinho por ele, já criavam por cultura e agora estão visando melhorar a economia do município ampliando a criação desta cultura”, diz Carla Lima, agente de desenvolvimento rural.
O mascote tem rendido dinheiro aos moradores. Há dois anos a cidade tem uma associação de criadores, são feitos produtos com a carne de bode, hambúrgueres e linguiça. “Nós estávamos melhorando o nosso rebanho, só estava faltando o apoio e hoje nós temos o apoio”, diz João Barbosa Marques, criador.
A prefeitura criou o programa bolsa bode que tem como objetivo a geração de renda e a inclusão social. Foram selecionados vinte jovens que deveriam atender a alguns pré-requisitos, como ter entre 18 e 27 anos, fazer parte do meio rural, ter renda familiar baixa e ser beneficiário do bolsa família.
Todos os selecionados receberão emprestado um reprodutor para aumentar o rebanho. Dos vinte jovens, metade vai ganhar além do bode, dez ovelhas para investir na produção de carne. E a outra parte do grupo, dez cabras que deverão ajudar na produção de leite. Até o final do próximo ano, os beneficiados terão a compra dos alimentos garantida pela prefeitura, o leite e a carne deverão utilizados na merenda escolar do município.
Eles vão receber um auxílio mensal de cem reais para cobrir gastos com vacinas e alimentação para os animais. Edilane, de 18 anos, vai receber o incentivo. “O projeto é inovador, que traz o jovem para meio rural, para ele não precisar sair do seu município, até mesmo do seu estado a procura de um emprego, ele tem oportunidade de crescer dentro da sua própria comunidade”, comenta Maria Edilane Barbosa Silva, estudante. Ao final de cada ano, os vinte jovens beneficiados terão que devolver um animal, que será "reinvestido" em novas turmas do programa.
Fonte Globo Rural
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